O Senegal rejeitou esta sexta-feira a aterragem em Dakar de um avião com trabalhadores humanitários da ONU.
As autoridades senegalesas decidiram suspender as ligações aéreas com os países afetados pela epidemia de Ébola, à semelhança da África do Sul e do Gabão, para tentar impedir a entrada do vírus no seu território.
O ministro do turismo e dos transportes aéreos, Abdoulaye Diouf Sarr explicou em conferência de imprensa que quiseram “fortalecer a estratégia de proteção, suspendendo [a partir desta quinta-feira] os serviços que ligam [o Senegal] com os países afetados pelo Ébola”.
Em França, um dos sindicatos do pessoal de bordo da Air France, que continua a efetuar voos regulares para a Guiné-Conacri, a Serra Leoa e a Nigéria, apelou às hospedeiras e aos comissários para recusarem embarcar nas ligações aéreas para os países afetados pela epidemia.
Um representante sindical defendeu que “as tripulações estão numa situação de risco quando pernoitam nestes países, porque não estão protegidas. A Air France fornece uma máscara por pessoa, mas, quando é usada, só é eficaz por cinco horas; por isso, quando ficam 24 ou 48 horas, não têm nada para se proteger”.
A Organização Mundial de Saúde elevou para 1427 mortos o novo balanço de vítimas da febre hemorrágica, com a maior parte dos casos registados na Libéria. O diretor adjunto da OMS admitiu que “não será fácil” parar a epidemia e que serão necessários “vários meses de trabalho feroz”. (euronews.com)