O Presidente da República, João Lourenço, convidou hoje (quinta-feira), em Luanda, aos líderes das principais cadeias hoteleiras mundiais para investirem em Angola, fundamentalmente no sector turístico, informa a Angop.
O Chefe de Estado, que falava na abertura do Fórum Mundial do Turismo (WTF, sigla inglesa), lançou este repto aos investidores das cadeias hoteleiras Marriot, Radisson, Hilton e Accor, presentes na sala, instando-os a descobrirem as enormes possibilidades de desenvolvimento do negócio de turismo em Angola, privilegiando a diversidade de recursos naturais.
João Lourenço, que estendeu o convite às operadoras de turismo Tui Thomas Cook e Travel, destacou as potencialidades turísticas de Okavango/Zambeze, zona rica em vida selvagem e biodiversiddade, importantes para o ecoturismo, bem como os parques naturais do Iona, Quissama, Lumeji Cameia, Quedas de Calandula e Pedras Negras de Pungo a Ndongo.
As Ruínas de Kulumbimbi e o Museu dos Reis do Kongo (elevadas à categoria de Património Histórico Mundial pela Unesco), as Cachoeiras do Binga, o Museu da Cultura Côkwe, no Dundo, as Pinturas Rupestres de Tchitundo-Hulo e as praias também foram referidas pelo Presidente da República como outras que oferecem oportunidades de negócio.
Outros factores ressaltados pelo Chefe de Estado são a paz, a estabilidade política e social, o clima ameno, a diversidade etnolinguística e cultural, tendo salientado a música, a pintura, o artesanato, a culinária e outras manifestações que despertam o interesse dos turistas.
O presidente também exortou os empresários a explorarem as oportunidades de negócio noutros sectores da economia nacional, tais como a agro-pecuária e florestas, pescas, minerais, indústria têxtil, petroquímica, tecnologias e informação, que sejam rentáveis ao investidor e geradoras de emprego.
Apelou, igualmente, para o investimento nos navios cruzeiros transatlânticos, que, em Angola, se encontra em fase embrionária e constitui um potencial por explorar e desenvolver, pelo facto de o país ser um ponto de paragem obrigatória para paquetes oriundos da Costa Leste da América do Norte e do Sul, bem como os provenientes do Índico e que dobram o Cabo da Boa Esperança, na África Sul.
Depois de exortar os investidores estrangeiros a juntarem-se aos esforços de divulgação da imagem de “uma nova Angola” voltada para o investimento e para o progresso, João Lourenço disse esperar que o Fórum Mundial do Turismo seja verdadeiramente uma plataforma de abertura do investimento externo directo no país, promovendo parcerias com os nacionais, para o desenvolvimento do turismo e a criação de infra-estruturas para a sua operacionalização.
Garantiu que o Executivo angolano está comprometido em viabilizar e apoiar os investimentos que se constituam em catalisadores da economia nacional.
O fórum, que acontece pela segunda vez em África (a primeira foi no Ghana), conta com a presença de várias personalidades, com realce para a ministra do Turismo de Angola, Ângela Bragança, o ex-presidente francês, François Hollande, e do presidente do WTF, o turco Bulut Bagci.
O WTF, que, segundo o seu presidente, tem em carteira um investimento de mil milhões de dólares para investir em Angola, também já foi realizado na Turquia, Reino Unido, Qatar, EUA e Emirados Árabes Unidos (Dubai). Fundado em 2015, reúne profissionais da indústria do turismo.
O fórum está a abordar temas como “Turismo em África”, “Turismo Digital ou Informatizado”, “O Papel do Governo nas Viagens de Negócio”, “Porquê investir em Angola”, “O Segredo ou a História do Sucesso dos Destinos Turísticos”, entre outros.
O evento reúne pelo menos mil e 500 delegados, podendo trazer oportunidades de investimentos nos sectores da construção, transportes, energia e águas e agricultura, bem como proporcionar a criação de empregos, pelo facto de o turismo ser uma indústria de investimento de paz, de lazer e de oportunidades.