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    Parteiras tradicionais na Ingombota asseguram partos na comunidade

    Recém Nascidos (ANGOP)
    Recém Nascidos (ANGOP)

    Parteiras tradicionais do distrito urbano da Ingombota, em Luanda, asseguram os cuidados antes, durante a realização e depois dos partos, nas comunidades.

    Em ronda efectuada no distrito, as parteiras afirmaram à Angop que os métodos aprendidos durante os seminários de capacitação, promovidos pela repartição da saúde e secção local da Família e Promoção da Mulher, garantem um trabalho seguro e eficaz.

    Para anciã Bernarda Francisco, moradora da comuna da Ilha do Cabo, a distribuição de instrumentos e a actualização contínua tem melhorado o seu trabalho de parteira tradicional.

    Das muitas informações que absorveu durante as várias palestras, Margarida da Silva e Costa , parteira tradicional a mais de 30 anos, no Bairro da Boavista, retêm os cuidados que devem ser tidos em conta antes de um parto.

    “A realização do parto num ambiente limpo, esterilizado e confortável, a lavagem das mãos com água e sabão, amarrar o cabelo, tirar os brincos, anéis e outros acessórios, são conselhos que agora sigo a risca, explicou.

    Manuela Mendes, também parteira tradicional, na Ilha do Cabo, tem 69 anos, e começou a fazer partos aos 40 anos.

    Segunda ela, as técnicas antes utilizadas não eram as mais recomendadas pelos serviços de saúde “ nós fazíamos os partos encostando a parturiente à parede e sentava-se num luando.

    “Fazíamos pensos quentes e íamos controlando as contracções até à altura do bebé vir ao mundo”, explicou.

    Quanto ao tratamento do umbigo, elas usavam excrementos de pato, barro ou pó de luando queimado. “ O que é errado”, disse Maravilha Mendes, do município da Kinanga.

    A parteira acrescentou que cortavam o cordão umbilical com tesoura ou lâmina, que era desinfectada em alho ou palha de milho e a seguir tratavam da mãe com banhos quentes.

    Por sua vez o chefe de repartição municipal de saúde, Pedro Gaspar, destacou a importância do uso das luvas, bata, máscara e a esterilização do material antes de utilizá-lo, material regularmente distribuído às parteiras tradicionais.

    A caixa de instrumentos é composta por um esterilizador, luvas, máscara, bata, pensos higiénicos, compressas já embebidas em álcool, lâminas para o corte umbilical, ganchos para amarrar o cordão umbilical e seringas.

    No distrito urbano da Ingombota existem mais de 20 parteiros tradicionais distribuídos pelas comunas do Patrice Lumumba, Ilha do Cabo e Kinanga. (portalangop.co.ao)

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