A responsabilidade de trabalhar em torno dos novos desafios tecnológicos e da comunicação, abrange outros sectores da vida social angolana, considerou terça-feira, em Luanda, o ministro da Comunicação Social, João Melo.
O governante que falava à margem da palestra sobre “A comunicação e o poder”, sublinhou que em termos de reflexão, o sector tem tido a preocupação de trazer a público discussões actuais e modernas, porque hoje quando se pensa em comunicação deve-se ter em conta várias vertentes sociais.
“Não se pode falar em comunicação pensando apenas na imprensa e no jornalismo, existem muitas áreas que precisam de ser conhecidas por estarem ligadas”, sublinhou.
Convidado para dissertar sobre o tema, o jornalista e sociólogo Muniz Sodré, falou sobre os desafios dos grandes dilemas vividos pela humanidade, em termos de comunicação.
Dirigindo-se aos profissionais do ramo, deputados, juristas, sociólogos e estudantes universitários, começou por eleger dois subtemas, “ A comunicação hoje ” e “Quais as possibilidades de liberdades de expressão e Liberdade política no contexto da comunicação.
Explicou que as novas formas humanas geradas pelo capital financeiro e por comunicações electrónicas são inquietantes, por serem compatíveis ao novo modo de ser de riqueza. Estas implicam uma lógica normativa de reconfiguração e de reorientação em termos das finanças do mercado.
São ainda inquietantes, segundo o prelector, porque representam um abalo no solo pisado, por atingir o sentido de um sistema de valores, da moralidade, ética da política e da economia.
Os abalos são registados igualmente nas instituições que sofrem continuamente grandes pressões por reformas e mudanças incitadas por ofertas de mercado feitas por indivíduos.
Ao falar de política e liberdade referiu-se as grandes diferenças entre a democracia subjectivamente tida como regime de governação ou a vista como valores e atributos inerentes a democracia social. (Angop)