A ministra da Saúde, Silvia Lutukuta, manifestou, domingo, na cidade do Huambo, a necessidade da implementação de medidas acrescidas de combate ao surto da malária que assola o planalto central.
Em declarações à imprensa, no final de uma visita de constatação sobre a situação da doença na região, a governante disse que a principal medida passa pela identificação do tipo de mosquitos existentes na província do Huambo, para permitir a aquisição de fármacos compatíveis.
Reconheceu que a situação epidemiológica da província do Huambo é preocupante, por afectar maioritariamente crianças menores de cinco anos.
Por isso, informou, encontra-se já na província do Huambo uma equipa de especialistas do Programa de Vigilância Epidemiológica que vai levar a cabo, a partir de hoje, segunda-feira, o processo de investigação do tipo de mosquitos transmissor da malária nesta região do país, para que o Ministério da Saúde possa tomar medidas seguras de combate contra a malária.
Outra das estratégias, deu a conhecer, passa pela pronta intervenção do Ministério da Saúde, para evitar mais mortes, através da disponibilidade de mais medicamentos e meios necessários para o efeito, assim como o reforço das acções preventivas.
Sílvia Lutucuta enalteceu o esforço do governo local, mas reconheceu a importância do contributo da igreja, autoridades tradicionais e outras forças viva da sociedade na luta contra à doença, por lidarem directamente com as comunidades.
Nos últimos sete meses, as autoridades sanitárias da província registaram mil e 21 óbitos, contra 22 do igual período de 2016, de um total de 127.505 doentes diagnosticados.
Durante a sua estada na província do Huambo, a ministra visitou o Hospital da Missão de Chilume, no Bailundo, onde entregou um kit de medicamentos de combate à malária, para acudir as 200 crianças internas.
A ministra constatou também a o funcionamento da área de pediatria do Hospital do Dondi, no Cachiungo, afecto à Igreja Evangélica Congregacional em Angola (IECA).
Na cidade do Huambo, a responsável visitou a pediatria do Hospital Central onde estão internadas 510 crianças afectadas pelo paludismo, contra os 200 lugares da sua capacidade de internamento. Quatro a cinco menores partilham a mesma cama.
Além de técnicos do sector da saúde, a comitiva foi integrada pelo secretário de Estado para a Comunicação Social, Celso Malavoloneke. (Angop)