25 C
Loanda
Sexta-feira, Novembro 1, 2024

Goldman Sachs prevê paridade do euro e do dólar dentro de seis meses

PARTILHAR
(foto: d.r.) - portal de angola
(Foto: D.R.)

A instituição financeira norte-americana espera que em 2017 a moeda europeia custe apenas 80 cêntimos do dólar, menos cinco cêntimos que a previsão do próprio Deutsche Bank.

O trajecto da cotação do euro em relação ao dólar parece não suscitar grandes dúvidas. A caminhada do euro desde 2002 inverteu-se e, agora, o Goldman Sachs (GS) prevê que a moeda europeia acabe, dentro de dois anos, por cair para 80 cêntimos de dólar, e antevê ainda que a paridade entre as duas moedas possa acontecer num prazo de seis meses. Todas as instituições financeiras reviram as previsões do euro em baixa.

Mesmo o Deutsche Bank admite uma quebra forte da moeda europeia e, mesmo não indo tão longe quanto a GS, admite que possa atingir os 85 cêntimos do dólar. Mas não há só um sentido nesta aproximação entre o dólar e o euro.

Também a moeda norte-americana ‘mexe’, numa curva ascendente. Se do lado do euro a pressão é imputada ao Banco Central Europeu (BCE) e às compras de dívida pública, do outro lado do Atlântico o dólar parece beneficiar da iniciativa da Reserva Federal norte- -americana que promete aumentar a taxa de juro no curto prazo.

Na Europa, a intervenção do BCE para aliviar as taxas das obrigações soberanas pode estar a fragilizar a moeda comum. Nessa política do BCE, foram já aplicados 10 mil milhões de euros que a autoridade monetária trocou por obrigações soberanas de Portugal, Alemanha, Bélgica, Itália e Espanha, fazendo com que as respectivas taxas de juro caíssem para níveis históricos. Recorde-se que esta política monetária do BCE aponta para que, por mês, sejam aplicados 60 mil milhões de euros em compra de títulos de dívida pública a bancos comerciais até Setembro de 2016.

Esta medida, que está a provocar a queda da moeda europeia, pode vir a ser posta em causa pelos poderes financeiros mais conservadores, que não aprovam esta intervenção do banco central nas taxas de juro, refere o Financial Times.

Quanto aos efeitos desta variação da moeda europeia, a autoridade monetária refere, citada no título português Jornal de Negócios, que pode fazer subir a inflação, que se encontra nos -0,3%, podendo, segundo prevê, fazer com que esta atinja, até 2017, os 1,8%. Mas a fragilidade da moeda europeia pode ser bem aproveitada, já que pode constituir um bom incentivo à exportação. (expansao.ao)

spot_img
ÚLTIMAS NOTÍCIAS
spot_imgspot_img
ARTIGOS RELACIONADOS

A África do Sul pretende reforçar os laços com África e a China à medida que as barreiras comerciais globais são erguidas

O Ministro do Comércio da África do Sul afirmou que o seu país procura laços comerciais e de investimento...

Tensão política em Moçambique atinge ponto crítico após eleições contestadas

Os moçambicanos preparam-se para mais turbulência política na sequência do apelo do líder da oposição, Mondlane, para uma semana...

23 Laureados do Prémio Nobel de Economia apoiam Kamala Harris para Presidente dos Estados Unidos

23 economistas vencedores do Prémio Nobel de Economia, desde o Professor Joseph Stiglitz da Universidade de Columbia a Daron...

A rejeição do Brasil em aderir à BRI é um revés político para a China

Após anos de hesitação, o Brasil não irá, alegadamente, aderir ao projecto de conectividade de um trilhão de dólares...