Levantamento feito no final de 2014 mostra que maior número de seguidores do “Estado Islâmico” que usam a rede social está na Arábia Saudita. Depois vêm Síria, Iraque e Estados Unidos.
O Twitter tinha pelo menos 46 mil contas ligadas a apoiantes do chamado “Estado Islâmico” (EI) no final de 2014, revela um estudo do centro Brookings Institution, divulgado em Washington nesta sexta-feira (06/03). Nem todas estavam activas ao mesmo tempo.
“De Setembro a Dezembro de 2014, os autores estimam que pelo menos 46 mil contas do Twitter foram usadas por apoiantes do Estado Islâmico, embora nem todas tenham estado activas simultaneamente”, afirma o relatório, financiado pela Google Ideas. Apesar de muitas contas terem sido desactivadas pelo Twitter, os números ainda são elevados.
Os autores do estudo, J.M. Berger e Jonathon Morgan, salientam que uma análise mais exacta das actividades do “Estado Islâmico” no Twitter só é obtida quando se vai além do núcleo central de lideranças da organização terrorista.
“Análises anteriores sobre o alcance do EIIL no Twitter foram baseadas em segmentos limitados da rede social total do EIIL”, escrevem os autores, em referência à sigla para Estado Islâmico no Iraque e no Levante, outra denominação para a mesma organização.
Segundo o relatório, o maior número de seguidores do EI que usam o Twitter está na Arábia Saudita. Depois vêm Síria, Iraque e Estados Unidos. Quase um em cada cinco apoiantes enviou mensagens em inglês, e três quartos escreveram em árabe. O número médio de seguidores das contas é de mil, superior ao da maioria dos usuários do Twitter.
O cancelamento de contas do Twitter de apoiantes do EI já gerou ameaças ao fundador da rede social, Jack Dorsey. Um site islâmico mostra uma fotografia dele na mira de um rifle, com uma mensagem ameaçadora em árabe. (dw.de)
AS/lusa/afp