O embaixador da França em Angola, Jean-Claude Moyret, enalteceu terça-feira, em Luanda, as relações entre os dois países e considerou que as mesmas relançam-se, depois de um longo período de abrandamento que os afectou.
O diplomata teceu estas considerações durante uma recepção organizada esta noite na sua residência, no âmbito das cerimónias alusivas a Festa Nacional Francesa, assinalada nesta terça-feira.
De acordo com Jean- Claude Moyret, a recente visita do presidente francês, François Hollande, à Angola, marcou uma nova etapa nas relações entre os dois países, contribuindo para o seu relançamento.
A visita do presidente, Françoís Hollande, “permitiu que fosse dado um novo passo caracterizado pela concertação diplomática, principalmente no que se refere a paz, segurança no continente africano e o reforço do nosso trabalho comum, para preparar a conferência sobre o clíma em Paris, em Dezembro de 2015”, referiu, afirmando que as relações desenvolvem-se rapidamente, tanto no sector petrolífero como em outros domínios.
O embaixador francês indicou que “o novo acordo entre a Total e a Sonangol, os contratos com o Ministério da Construção e a decisão de construir uma central hídrica diesel/solar, mostram um bom caminho”.
O estadista françês, François Hollande, realizou uma visita oficial a Angola nos dias 02 e 03 de Julho, a convite do seu homologo, José Eduardo dos Santos, que serviu para o fortalecimento das relações bilaterais.
Os dois Chefes de Estado mantiveram um encontro em privado, além de conversações oficiais entre delegações governamentais dos dois países, que permitiram a obtenção de vários acordos, perspectivando outras intenções que poderão ser concretizadas nos próximos tempos.
Segundo avançou, os dois países prosseguirão com o actual processo de consolidação dos laços diplomáticos, económicos e culturais, pois numerosos outros projectos estão em curso, como o acordo de facilitação de vistos, a abertura de uma negociação sobre as cartas de condução, entre outros.
“Continuamos activamente nas relações culturais e técnicas com o aumento do Liceu de Luanda, o programa de bolsas técnicas, a criação de novos cursos do ensino superior e o dinamismo da nossa Aliançe francesa”, referiu.
A França, membro do Conselho de Segurança da ONU, é a primeira potência política e militar da Europa e a segunda económica depois da Alemanha. É a primeira potência agrícola da Europa e a segunda do ocidente, depois dos Estados Unidos.
Em África, é a potência ocidental mais influente nos domínios políticos, diplomático, económico, comercial, cultural e linguístico. Cerca de 70 empresas francesas operam em Angola, sendo a petrolífera Total uma das mais importantes produtoras de petróleo no país.
A comunidade francesa em Angola é estimada em três mil residentes, enquanto que o número de angolanos naquele país europeu é de cerca de 15 mil. (portalangop.co.ao)