O empresário Joaquim Wanga aconselhou quinta-feira a população do Bié (Centro de Angola) a consumir o arroz produzido na fazenda “Agro-indústria” localizada no município de Camacupa,82 quilómetros a leste do Cuito, província do Bié.
Em declarações à Angop, o antigo deputado a Assembleia Nacional é de opinião que as comunidades da região, fundamentalmente de Camacupa, consumam preferencialmente o cereal de produção local, para evitar gastos avultados na compra do arroz importado, bem como valorizar o produto e os esforços dos empresários locais.
“ Nos últimos dias vemos camiões de grande tonelagem a transportarem o produto para ser comercializado nas províncias do centro, sul e norte do país, salientando que, as populações do Bié (produtora) preferem consumir arroz importado”,- lamentou.
Joaquim Wanga pediu aos responsáveis da fazenda no sentido criarem postos de venda a retalho nos municipios do Bié, admitindo ser também uma das formas de ajudar as comunidades a racionalizar o pouco que tem, sobretudo as populações que vivem em condições de vulnerabilidade.
Confirmou que para se ultrapassar esta dificuldade é preciso igualmente que aquela fazenda produza em grande escala o arroz, porque as populações da província do Bié não sabem das vantagens de ter o produto para as suas famílias, nem tampouco os locais onde é comercializado nas comunidades locais.
Joaquim Wanga considerou a entrada em funcionamento da fazenda como sendo um dos grandes ganhos para a província no capítulo da agricultura e da diversificação da economia nacional, tendo solicitado o aumento da produção nos próximos dias, com intuito de exportar-se o produto para outras localidades.
Localizada na comuna de Ringoma, município de Camacupa (Bié), a fazenda ocupa uma área de 900 hectares, sendo quatro mil para cultivo e cinco mil para área industrial e processamento e administrativo.
A zona de produção é comporta uma área de 875 metros quadrados, sendo que a área administrava está constituída por gabinetes do director geral e administrativo, laboratório, sala se reuniões, residências para os técnicos, posto de saúde, armazéns e quadra desportiva.
Na área industrial e processamento, com 27 metros quadrados foi montado todo o material agrícola, zona de irrigação com 400 hectares, sustentada por reservatórios com capacidade de 1.328 metros cúbicos de água por hora.
Porém, o projecto de desenvolvimento da cultura de arroz em Angola está a ser implementado também em algumas províncias do país tais como, Cuando Cubango, Huambo, Bié, Moxico, Cunene e Malanje com o apoio pelo Ministério da Agricultura, através dos institutos de Desenvolvimento Agrário (IDA), de Investigação Agronómica (IIA), Direcção Nacional de Engelharia Rural (DNER), com a parceria da Agência Internacional de Cooperação do Japão (JICA). (ANGOP)