A justiça egípcia condenou segunda-feira três jornalistas da Al-Jazira, canal de televisão do Qatar, a sete e dez anos de prisão, acusados de apoiar o movimento Irmandade Muçulmana.
No sábado, foi confirmada a condenação à morte de 183 alegados apoiantes do presidente deposto Mohamed Morsi.
Responsáveis das Nações Unidas criticaram as decisões da justiça egípcia.
“O secretário-geral está profundamente preocupado pelas recentes decisões dos tribunais egípcios, particularmente pela confirmação da condenação à morte de 183 pessoas e pelos veredictos de longos períodos de prisão aplicados a jornalistas, incluindo da Al-Jazira. Parece ser claro que estes processos não respeitam os princípios básicos de um julgamento imparcial. Particularmente as penas de morte podem minar a perspetiva de uma estabilidade a longo prazo”, disse Stephane Dujarric, porta-voz de Ban Ki-moon.
O jornalista egípcio-canadiano Mohamed Fadel Fahmy, chefe da delegação da Al-Jazira, e o australiano Peter Greste foram condenados a sete anos de prisão, enquanto o egípcio Baher Mohamed foi condenado a duas penas de prisão: uma de sete e outra de três.
Os três profissionais estavam detidos há cerca de seis meses. (euronews.com)