A República Democrática do Congo alberga 71.815 antigos refugiados angolanos, dos quais 23.940 são candidatos ao repatriamento voluntário e 47.875 optaram pela fixação neste país africano.
Estes dados foram divulgados quinta-feira, em Kinshasa, no termo de uma reunião tripartida realizada em Kinshasa de 23 a 25 de Julho que incluiu delegações do Executivo angolano, da RDC e do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (HCR), que avaliou a situação destes angolanos que ainda residem no Congo.
A reunião presidida pelos ministros angolano da Reinserção social, João Baptista Kusumwa, e congolês do Interior, Segurança, Descentralização e Assuntos costumeiros, Richard Muyej Mangeze, notou que os 23.940 antigos refugiados angolanos têm como destino final as províncias do Uíje (8.558), do Moxico (5020), do Zaire (3.881), da Lunda-Sul (2.579), da Lunda-Norte (837), e do Bengo (638).
Irão igualmente às províncias de Malanje (204), do Huambo (163), do Kwanza Norte (135), de Benguela (77), do Namibe (72), de Cabinda (57) do Kwanza Sul (52), da Huila (8), do Kwando Kubangu (6), e do Kunene (2).
Com efeito, os negociadores decidiram que o início do repatriamento será fixado na reunião tripartida prevista para o mês de Outubro, em Angola, cuja data será comunicada por via diplomática. Para o efeito, decidiram pela criação de um Comité tripartido composto por peritos angolanos, congoleses e do HCR.
Relativamente aos angolanos que decidiram pela residência permanente na Republica Democrática do Congo, foi acordado que a atribuição da documentação de cidadania a estes é da responsabilidade do Executivo angolano.
A delegação angolana foi composta por peritos dos Ministérios da Reinserção social, dos Negócios estrangeiros e da Administração do Território, incluindo o embaixador de Angola na RDC, Emílio Guerra.
Angola e a RDC partilham uma fronteira comum de 2.511 quilómetros, o que faz com que este país albergue o maior número de angolanos no Mundo.
Dados oficiais indicam que até ao fim da guerra civil em Angola, a RDC tinha 450 mil refugiados angolanos. (portalangop.co.ao)