O CEO da Shell sugeriu a possibilidade de a gigante petrolífera abandonar a sua “subvalorizada” cotação em Londres.
Wael Sawan, que dirige a maior empresa do FTSE 100, disse que a conturbada bolsa de Londres era um “local subvalorizado”, ao juntar-se a uma série de CEOs globais nas reclamações sobre os mercados acionistas da capital.
A Shell, disse ele, era uma oportunidade de investimento “fantástica” devido à sua subvalorização.
Sawan está pronto para embarcar no chamado ‘sprint’ para melhorar a competitividade e a obtenção de lucros da empresa. Segundo o CEO da Shell, a empresa está subvalorizada em comparação com seus pares listados em Wall Street.
Uma saída da Shell seria um golpe contundente e quase terminal para a Bolsa de Valores de Londres, depois de um ano tórrido em que as novas IPOs secaram e uma série de empresas cancelaram as suas listagens.
Apenas 23 empresas foram cotadas em Londres no ano passado, arrecadando cerca de mil milhões de libras, o nível mais baixo desde a crise financeira em 2008, segundo dados da EY.
A decisão da fabricante britânica de chips Arm de flutuar em Nova York, apesar de uma grande ofensiva de charme por parte de ministros e reguladores ingleses, também foi vista como um grande golpe para a bolsa de Londres.
O Tesouro e os reguladores têm estado na ofensiva para tentar aumentar o apelo da Bolsa de Valores de Londres, reformulando as regras de cotação e direcionando mais capital para o mercado proveniente de investidores de retalho e de fundos de pensões.