A União Europeia disse nesta segunda-feira que lançará uma operação de ponte aérea humanitária com “vários voos” para o Egito, com o objetivo de levar suprimentos a organizações na Faixa de Gaza.
Os primeiros dois voos ocorrerão nesta semana, carregando suprimentos humanitários do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) que incluem artigos de abrigo, remédios e kits de higiene”, afirmou a UE em comunicado.
Os esforços diplomáticos para um cessar-fogo que permita a entrada de suprimentos na Faixa de Gaza fracassaram até agora, e Israel pediu a retirada de pessoas de uma área de terra próxima à fronteira com o Líbano, aumentando os temores de uma escalada do conflito.
“Os palestinos na Faixa de Gaza precisam de ajuda humanitária e auxílio. Eles não podem pagar o preço pela barbárie do Hamas”, afirmou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em coletiva de imprensa em Tirana.
Ela está participando de um encontro do Processo de Berlim, uma iniciativa realizada pelo governo alemão para melhorar a cooperação entre os seis países dos Bálcãs que desejam ingressar na UE. A presidente da Comissão Europeia disse que o bloco decidiu durante o fim de semana triplicar seu auxílio humanitário, para mais de 75 milhões de euros, como forma de apoio aos civis da Faixa de Gaza.
Israel prometeu aniquilar o Hamas, que controla a Faixa de Gaza, depois que seus guerrilheiros passaram pela fronteira do enclave no dia 7 de outubro e mataram mais de 1.300 israelenses — a maioria civis –, no dia mais mortal do país em seus 75 anos de existência.
As consequências do conflito colocaram a Faixa de Gaza, onde moram 2,3 milhões de palestinos, sob bloqueio total, ao mesmo tempo em que a região é atingida por bombardeios sem precedentes. Espera-se que um ataque israelense por solo também ocorra.
As autoridades em Gaza contabilizam pelo menos 2.750 mortos no enclave, incluindo civis.
Por Benoit Van Overstraeten