Os quatro homens foram interrogados domingo sobre uma perseguição a um carro iniciada na região de Al-Baha (sudoeste). Seu motorista, Abderrahman al-Ghamdi, de 34 anos, foi morto e sua esposa e seus dois filhos ficaram feridos, acrescentou a imprensa.
Eles são acusados de “abuso de poder contra um jovem em companhia de sua família, violando as instruções dadas aos membros da Comissão para a Promoção da Virtude e Prevenção do Vício de não se envolver em perseguições”, afirmou o jornal Okaz.
O emir de Al-Baha, o príncipe Bin Saud Ben Abdul Aziz, citado nesta segunda-feira pela agência oficial de notícias Spa, disse que ficou “chocado com a forma” como os homens da Comissão agiram, e anunciou a formação de uma comissão de inquérito.
“Todos os envolvidos no incidente foram presos e estão sendo interrogados (…). Os responsáveis serão punidos”, afirmou, prometendo que tais incidentes “não vão se repetir no futuro”.
Os homens da polícia religiosa, temidos pela população, utilizam regularmente carros sem identificação para perseguir culpados de violar a lei islâmica, como os casais não casados que saem juntos.
Mas eles adotaram um perfil mais brando desde a nomeação em janeiro de um novo líder, o xeque Abdel Latif bin Abdul Aziz al-Sheikh. Este recusou a contribuição de voluntários, muitas vezes acusados de abuso e violência, e acabou com o uso de carros da polícia sem identificação em patrulhas.
Ele é conhecido por suas posições moderadas sobre a mistura de sexos, enquanto o reino impõe uma segregação rigorosa.
Fonte: AFP