O presidente do Movimento Democrático de Moçambique(MDM) Daviz Simango exigiu que o partido vencedor em cada província indique dois ou três nomes para governadores, como forma de resolver a situação de instabilidade política gerada pela pretensão da Renamo de criar autarquias provinciais.
Simango, que é também presidente do Conselho Municipal da Beira, a segunda maior cidade moçambicana, diz ser urgente a nomeação de governadores da oposição e porque a proposta da Renamo vai levar muito tempo.
“Urge encontrar uma saída e uma das saídas mais justas seria que cada partido vencedor em cada província proponha dois ou três nomes para governador provincial”, realçou o líder do MDM.
O investigador do Centro moçambicano de Integridade Pública(CIP) Stélio Bila, diz que a proposta de Daviz Simango pode ser razoável, no sentido de que não se conseguir ganhar a maioria em pleitos eleitorais permite gerir alguns recursos, por mais diminutos que sejam,
Segundo Bila, para além disso, a proposta contribui também para a satisfação e encorajamento político dos membros e simpatizantes do partido para continuarem a lutar por melhores resultados.
Daviz Simango afirma que o projecto-lei da Renamo tem mérito por trazer uma nova abordagem, mas peca por ser superficial e vulnerável a várias normas legislativas, além de precisar de um tempo para debate e implementação, que o país não tem.
Por seu lado, o presidente do Partido para a Paz, Democracia e Desenvolvimento (PDD) Raúl Domingos também é da opinião de que a proposta de Daviz Simango tem mérito, “tendo em conta que busca solução para esta situação de tensão política que Moçambique está a viver neste momento”.
Refira-se que, nas eleições de 2013, o MDM ganhou quatro autarquias, nomeadamente, Beira, Quelimane, Nampula e Gurué, as quais são, no entanto, abrangidas pela proposta da Renamo sobe as províncias autárquicas. (voa.com)
por Ramos Miguel