Luanda – O projecto denominado “Arca de Noé ” implantado no Parque Nacional da Kissama, província de Luanda, continua a prestigiar a fauna e flora daquela reserva natural de Angola, a julgar com o processo de reprodução das espécies introduzidas no local.
O repovoamento das espécies animais, entre elefantes, girafas, gungas, gnus, zebras, olongos, avestruzes, entre outras espécies, tem estado a propiciar o aumento de visitas de turistas nacionais e estrangeiros, cujo número já passa os três mil 980, registado de Janeiro a presente data.
Em entrevista à Angop, o administrador do Parque da Kissama, Miguel Savituma, referiu que os animais controlados no santuário de Kawa, a 30 quilómetros desde a entrada principal do parque, aumentou de forma considerável, tendo sob controlo aproximado de 90 elefantes, dos 30 antes introduzidos, 32 girafas contra as quatro anteriores, centenas de gungas, igual quantidade de zebras, olongos e gungas.
“Acredito que o número poderá ser ainda maior, porque continuamos a fazer a contagem com base nas estimativas”, disse o administrador do Parque defendendo a necessidade de meios aéreos e outros equipamentos para a contagem dos animais confinados no santuário, sobretudo os de grande porte.
De acordo com Miguel Savituma, ainda desconhece-se no local, o processo de reprodução das 12 avestruzes introduzidas naquela altura no santuário, isso é, há mais de seis anos, presumindo que o seu processo de procriação estará condicionado ao clima, ou melhor “não adaptou-se ao local”.
Já fora do santuário, os outros animais também reproduzem-se de forma natural, apesar de umas espécies caírem nas redes dos caçadores furtivos.
Com uma extensão de 960 mil hectares, o Parque da Kissama conta com as suas infra -estruturas administrativas devidamente reabilitadas, assim como um roteiro turístico que permite os visitantes, não só a observação de alguns animais, mas também desfrutar das paisagens naturais existentes.
Um salão multi-uso e bangalós, feitos de madeira, também foram erguidos no local, para o acolhimento dos turistas.
O Parque Nacional da Kissama que a cada dia ganha infra-estruturas para a promoção do eco -turismo, foi criado como reserva de caça aos 16 de Abril de 1938 e tornou-se Parque Nacional em 1957, mediante declaração do Ministério do Ultramar a 20 de Janeiro de 1955.
Neste local predomina o bosque seco em mosaico do tipo savana mas existem também zonas lacustres pantanosas e mangais ao longo do rio Kwanza.
Geograficamente, o Parque Nacional da Kissama situa-se na região fitogeográfica Zambeziaca. Os géneros mais representativos são acácia, sterculia, adansonia, euphorbia e commiphora.
Esta reserva natural, nos anos 70, tornou-se famosa a nível internacional pelas grandes reservas animais que apresentava, possuía cerca de 800 elefantes e três mil pacaças que era o símbolo do parque. (portalangop.co.ao)