A Turquia não concluiu um acordo autorizando os Estados Unidos a usar sua base aérea de Incirlik, no sul do país, para operações contra os jihadistas do grupo Estado Islâmico e as discussões ainda estão em curso. As declarações foram feitas nesta segunda-feira (13) pelo gabinete do primeiro-ministro, Ahmet Davutoglu.
Na noite de domingo (12), a conselheira norte-americana de segurança da Casa Branca, Susan Rice, declarou que o governo de Ancara tinha dado sinal verde para que as forças da coalizão utilizassem bases militares em território turco para combater os jihadistas do grupo Estado Islâmico.
“Eles disseram que suas instalações na Turquia poderiam ser utilizadas pelas forças da coalizão, americanas ou outras, para lançar operações no Iraque ou na Síria”, disse Rice para o canal de tevê NBC. “É um novo compromisso, e um compromisso que apreciamos muito”, acrescentou.
Treinamento para rebeldes moderados
Susan Rice disse ainda que as autoridades turcas tinham aceitado que as instalações militares do país fossem usadas para a formação de rebeldes sírios moderados.
Fontes próximas do primeiro-ministro turco confirmaram que um acordo havia sido negociado com Washington sobre o treinamento de alguns rebeldes sírios, mas sem deixar claro quem os formariam e onde.
Os Estados Unidos possuem 1.500 homens no sul da Turquia, na base aérea de Incirlik, mas até agora os aviões americanos partem de bases nos Emirados Árabes Unidos. A expectativa é que um acordo com a Turquia possibilite a intensificação dos ataques aos jihadistas, particularmente em Kobane, cidade curda no norte da Síria que está sendo alvo de uma grande ofensiva do grupo Estado Islâmico. (rfi.fr)