Em resposta ao convite enviado por escrito pelo PSD, o PS classificou o guião para a reforma de Estado como sendo uma «encenação».
O PS rejeitou o convite dos sociais-democratas para uma reunião para discutir, analisar e melhorar o guião da reforma do Estado, convite que foi enviado por escrito para o gabinete de António José Seguro.
Na resposta enviada ao PSD, os socialistas consideraram que o guião apresentada na quarta-feira pelo vice-primeiro-ministro Paulo Portas não passa de uma «encenação» e «não pode ser vista seriamente».
«Em vésperas da discussão do Orçamento de Estado para o próximo ano, há uma encenação para desviar as atenções dos portugueses de mais cortes nos salários, pensões e reformas dos portugueses», adiantou Miguel Laranjeiro.
O PS entende que se o Governo quiser discutir o assunto deve apresentar uma proposta de lei, à qual os partidos dirão o que têm a dizer no Parlamento.
«É aqui no Parlamento democraticamente, com todos os partidos, que essas matérias devem ser discutidas», acrescentou Laranjeiro, que não concorda com a reabilitação a Comissão para a Reforma do Estado, que nunca chegou a reunir.
Para Miguel Laranjeiro, «provou-se que a ideia da comissão parlamentar era apenas e só para o corte de mais de quatro mil milhões de euros e, para isso, o PS não não está nem estará disponível».
Ao convite enviado pelo vice-presidente social-democrata Marco António Costa, o PS respondeu também por carta assinada não pelo líder socialista, mas por Miguel Laranjeiro, do secretariado nacional socialista. (tsf.pt)