Face à actual situação de crise económica e financeira que o país vive, o ministro dos Transportes de Angola, Augusto da Silva Tomás, apelou, em Luanda, a uma melhor gestão dos poucos recursos disponíveis.
Augusto da Silva Tomás disse haver gestores que, em alguns casos, denotam uma desproporção entre os benefícios pessoais e a disposição financeira das empresas de que são responsáveis e apontou a existência de disparidades nos salários e de regalias pouco recomendáveis.
“O mais grave é que os próprios gestores se atribuem remunerações e outros benefícios sem qualquer consulta, proposta ou decisão dos departamentos ministeriais que superintendem as empresas públicas em representação do accionista Estado”, disse o ministro, acrescentando que as empresas públicas não devem ser tidas como uma espécie de base logística pessoal.
O titular da pasta fez estas declarações durante o discurso de abertura do VI Conselho Consultivo Alargado do Ministério dos Transportes, tendo reconhecido o momento “financeiramente difícil” que o país atravessa. O evento decorreu sob o lema “Fazer mais e melhor, com menos”.
O governante afirmou que as dificuldades e complexidades na gestão das empresas públicas, nomeadamente no sector dos transportes, reside na obrigatoriedade de aplicar os reduzidos recursos disponíveis em negócios de capital intensivo e em vastos recursos humanos e serviços cruciais para o bem-estar da população e para o desenvolvimento económico. (opais)