Lubango- A falta de palcos para exibição, sobretudo do teatro e música, se afigura como principal elemento que afecta o desenvolvimento destas artes, considerou hoje, quinta-feira, no Lubango, o represente da União de Artistas e Compositores (UNAC), Serafim Afonso.
Em entrevista à Angop, o responsável lamentou o facto de o Lubango, tida como uma urbe de cultura e académica da Huíla, não dispor de uma sala de espectáculos pública e/ou privada, deixando os artistas sem ânimo para pensar em coisas novas.
Segundo a fonte, existe apenas o Centro Cultural, cujas condições técnicas e de conforto estão aquém das exigências e que cujos preços praticados afugentam os artistas.
“A Huíla tem muitos valores que devem ser resgatados, há muito que se fazer e pensamos que bem incentivados os artistas podem reavivar estes valores”, sustentou.
Para Serafim Afonso, a situação real da província, no que a arte diz respeito, é grave, mas ainda assim pede que a sociedade valorize mais os artistas, pois a cultura vem sendo relegada para segundo plano.
“Precisamos de voltar a valorizar o elemento cultura, pois um povo sem cultura está despido da sua própria alma. Somos todos elementos culturais, porque fazemos cultura”, suplicou a fonte.
Serafim Afonso disse que a música é, entre as artes, a que mais cresce, dada o maior consumo e facilidade para gravar um disco. O teatro tem também esta aceitação, mas envolve mais custos e mais pessoas.
A cidade do Lubango contava com três cines teatro, nomeadamente o Odeon, actualmente abandonado e a cair aos poucos, o 1º de Maio, transformado em auditório de um instituto superior privado, enquanto o Arco Íris, em fase conclusiva de reabilitação, deve ser transformado numa sala de conferências.
Na Huíla a UNAC controla mais de 600 membros. (portalangop.co.ao)