O derrube do presidente venezuelano Nicolás Maduro teria sido um grande sucesso para a administração Trump na véspera da nova eleição presidencial dos EUA, mas o apoio da Rússia atrapalhou os planos do líder americano, escreve o jornal Wall Street.
Segundo o colunista Walter Russell Mead, Trump acredita que todos os governos que não lhe agradam apoiam a Venezuela, foi por isso que o seu novo passo para “derrubar” Maduro foi exercer pressão sobre Cuba.
O Wall Street Journal destaca que o ex-presidente Barack Obama tentou melhorar as relações entre Cuba e os EUA na esperança que Havana se afastasse de Caracas.
No entanto, os planos não foram concretizados, pois “a Venezuela substituiu Cuba pela Rússia como fonte de subsídios”.
De acordo com a Sputnik, o jornalista explica que a destruição da economia venezuelana poderia ser seguida de um desmoronamento do regime cubano — e esse duplo sucesso seria a “chance histórica” para Trump, principalmente no período que antecede as eleições.
Para Russell Mead, a Rússia não permitirá que os EUA pressionem tanto a Venezuela quanto Cuba e, ao mesmo tempo, o “cenário sírio” poderá repetir-se, e Moscovo irá novamente “humilhar” Washington.
O desejo do presidente dos EUA em derrubar Maduro, demonstra a importância crítica dessa questão para Trump. Ao mesmo tempo, o seu impulso pode ser um enorme fracasso, já que a Venezuela e Cuba provavelmente serão apoiadas pela Rússia e China. Além disso, o Canadá e os parceiros europeus dos EUA já condenaram as sanções extraterritoriais americanas contra o Irão, e agora é improvável que fiquem de fora, diz o jornalista.
Na quarta-feira (24), o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, anunciou que os EUA não estenderão a excepção à Lei Helms-Burton, que a partir de 2 de Maio permitirá que cidadãos norte-americanos intentem ações judiciais relativamente às propriedades nacionalizadas ou confiscadas em Cuba no início dos anos 1960.