O Executivo angolano abriu uma linha de crédito para os pequenos e micro-empreendedores que aderirem ao programa “Meu Negócio, Minha Vida”, uma iniciativa coordenada pelo Ministério da Economia e por dois bancos públicos.
O Banco de Poupança e Crédito (BPC) e o Banco de Comércio e Indústria (BCI) foram indicados para gerir a linha de crédito e reservaram, isoladamente, 31 milhões de dólares para empréstimos.
Para a execução do programa, foi rubricado em Luanda um acordo para a concessão de crédito aos pequenos e micro-empreendedores. Foram signatários do acordo, o ministro da economia, Abraão Gourgel e os presidentes dos conselhos de administração do BPC e do BCI, Paixão Júnior e Filomeno Ceita, respectivamente.
O ministro das Finanças, Carlos Alberto Lopes, anunciou que, nos termos desse programa, será concedido crédito aos empreendedores que se habilitarem a um empréstimo de sete mil dólares, com prazo de reembolso de dois anos, a uma taxa de juro de dois por cento ao ano.
“Vamos conceder um crédito limite de sete mil dólares aos pequenos empreendedores”, disse Carlos Alberto Lopes, que alertou, entretanto, para a monitorização dos beneficiários do programa.
“Por via da criação de um observatório vamos verificar a capacidade empreendedora de todas aquelas entidades que acederem ao crédito, para que no futuro possamos ter uma base de dados que identifique os futuros empreendedores”, declarou o ministro das Finanças.
O presidente do Conselho de Administração (PCA) do Banco de Comércio e Indústria, Filomeno de Ceita, disse que “a entrada em funcionamento dos postos de atendimento do Balcão Único do Empreendedor (BUE) vai permitir levar as comunicações ao sistema geral do banco”. Filomeno de Ceita sublinhou que a linha de crédito tem como objectivo dar possibilidade ao micro-empreendedor de entrar no mercado, o que pode ter um enorme efeito multiplicador quando o programa atingir todas as províncias e municípios de Angola.
Por sua vez, Paixão Júnior, PCA do BPC, confirmou estarem criadas todas as condições para iniciar o ciclo de concessão de crédito aos pequenos empreendedores.
“O objectivo é transferir todas as pessoas ligadas ao mercado informal para o formal, onde estão protegidas e com um local para exercer a sua actividade”, disse Paixão Júnior.
O presidente do BPC aconselhou os pequenos empreendedores a informarem-se sobre esse processo junto dos serviços do BUE, frisando que as exigências para a habilitação aos empréstimos são mínimas. Paixão Júnior garantiu a concessão de um ciclo de crédito aos pequenos empresários que honrarem os seus compromissos.
Fonte: JA