A China deverá tornar-se este ano o principal parceiro comercial da União Europeia e os Vinte e Sete são o segundo mercado para Pequim. Mas os tempos não são fáceis. Pequim sofre uma desaceleração económica, em parte devido à crise europeia.
As exportações chinesas para a Europa estão em queda, a tal ponto que, no primeiro semestre deste ano, o défice comercial dos Vinte e Sete recuou 11%, para 67 mil milhões de euros.
As relações comerciais entre os dois blocos cresceram na última década. As exportações chinesas para a Europa passaram de 75 mil milhões de euros, em 2000, para 293 mil milhões no ano passado. No total, o comércio UE-China ascendeu a 428 mil milhões de euros em 2011.
Mas, o comércio é também um dos pontos de diferendo entre os dois blocos.
Os europeus contestam as medidas de dumping da China, por exemplo, para os painéis solares. A isto junta-se também o apoio de Pequim ao investimento na União Europeia. A compra de parte da EDP, em Portugal, é apenas um exemplo.
Com a compra de empresas e a produção na Europa, os chineses acedem à mais avançada tecnologia e tentam vencer as reticências dos consumidores a alguns produtos, como os automóveis.
E é com base nos interesses comerciais que a China ajuda a Europa face à crise. Pequim possui a maior reserva de divisas do mundo e continua a comprar dívida europeia.
Fonte: EURONEWS