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    UE aumenta sanções contra grupo russo Wagner por violações dos direitos humanos

    A União Europeia anunciou neste sábado (25) novas sanções contra o grupo paramilitar russo Wagner por suas “violações dos direitos humanos” na África, visando em particular seu líder no Mali e diversos de seus altos funcionários na República Centro-Africana.

    Onze pessoas – nove na África e duas na Ucrânia – e sete entidades ligadas ao grupo foram acrescentadas à lista da UE que impõe congelamentos de bens e impede o cruzamento das fronteiras dos 27 países que integram o bloco europeu.

    O próprio grupo Wagner – que luta ativamente com o exército russo na Ucrânia – já havia sido sancionado em 2021 pela União Europeia.

    Estas novas sanções foram decididas “tendo em conta a dimensão internacional e a gravidade das atividades do grupo, bem como seu impacto desestabilizador nos países onde atua”, escreveu o Conselho Europeu em comunicado de imprensa.

    “As atividades do grupo Wagner são uma ameaça para as populações dos países onde operam e para a União Europeia”, declarou o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrel.

    “Execuções extrajudiciais”

    O Conselho Europeu esclareceu que oito membros do Wagner e as sete entidades visadas por essas novas sanções se enquadram no regime global de sanções de direitos humanos da UE para as atividades do grupo na República Centro-Africana e no Sudão.

    Um nono membro do grupo paramilitar russo foi, entretanto, atingido por um regime de sanções da UE que se aplica especificamente ao Mali. Trata-se do líder das forças do Wagner neste país onde combatentes do grupo “foram implicados em atos de violência e múltiplas violações dos direitos humanos, incluindo execuções extrajudiciais”.

    Diversas pessoas colocadas sob sanções da UE na República Centro-Africana são membros proeminentes do Wagner, incluindo o “conselheiro de Segurança” do presidente Faustin Archange Touadera e o porta-voz do grupo no país.

    O Wagner se estabeleceu na República Centro-Africana a convite de Touadera para reprimir uma rebelião, e sua presença cada vez mais imponente motivou a saída de soldados franceses deste país no final do ano passado.

    Diamantes

    Empresas de ouro e diamantes ligadas ao Wagner na República Centro-Africana e no Sudão também são alvo de sanções europeias.

    Uma estação de rádio da África Central, Lengo Sengo, também está sob investigação “por envolvimento em operações de influência online em nome da Rússia e do grupo Wagner com o objetivo de manipular a opinião pública”.

    O Wagner, grupo paramilitar fundado em 2014, é considerado pelos Estados Unidos uma organização terrorista internacional. Os EUA, que há muitos anos tentam impedir a influência russa na África, acusam o grupo de “cometer violações dos direitos humanos e extorquir recursos naturais na África”.

    O grupo se estabeleceu como um ator importante no conflito na Ucrânia e seus mercenários também foram vistos na Síria e na Líbia.

    Na atualização deste sábado, dois novos membros do Wagner foram listados sob o regime de sanções da UE que pune a Rússia por sua guerra na Ucrânia. Ambos os paramilitares são comandantes da milícia que se acredita estarem envolvidos na conquista russa em janeiro da cidade ucraniana de Soledar.

    Com informações da AFP

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    FonteRFI

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