As trocas comerciais entre Angola e a China aumentaram 9,2 por cento nos primeiros 11 meses do ano passado, para 25,1 mil milhões de dólares norte-americanos, tornando o país no segundo principal parceiro económico dos chineses na comunidade lusófona.
As vendas à China somaram 22,6 mil milhões de dólares, mais 6,8 por cento, ao passo que as compras atingiram 2,5 mil milhões de dólares, mais 35,8 por cento que no período homólogo de 2010.
Entre os oito países que falam português, Angola apenas é superada pelo Brasil, cujo volume de trocas comerciais alcançou os 77,5 mil milhões de dólares até Novembro, mais 36,8 por cento face ao período homólogo de 2010.
As exportações da China para o Brasil totalizaram 29,4 mil milhões de dólares, mais 33,7 por cento em relação ao apurado entre Janeiro e Novembro de 2010, enquanto as importações chinesas cresceram 38,7 por cento, para 48,1 mil milhões de dólares durante o mesmo período.
No geral, as trocas comerciais entre a China e os países de língua portuguesa atingiram 107,31 mil milhões de dólares nos primeiros 11 meses do ano, ultrapassando a meta fixada para 2013, revelam dados oficiais.
A segunda maior economia mundial comprou aos oito países de língua portuguesa produtos no valor de 72.034 milhões de dólares, mais 27 por cento face ao registado entre Janeiro e Novembro de 2010. Já as vendas efectuadas pela China aos mesmos países até Novembro tiveram um acréscimo de 32 por cento em termos anuais, somando 35.277 milhões de dólares.
Os dados revelados incluem São Tomé e Príncipe, apesar de o país manter ligações com Taiwan e não participar directamente no Fórum Macau.
A China estabeleceu a Região Administrativa Especial de Macau como a sua plataforma para o reforço da cooperação económica e comercial com os países de língua portuguesa em 2003, ano em que criou o Fórum Macau, que reúne ao nível ministerial de três em três anos.
Mais cooperação
Na terceira conferência ministerial do Fórum para a Cooperação Económica entre a China e os Países de Língua Portuguesa, realizada em Dezembro de 2010, o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, anunciou um pacote de medidas para reforçar a cooperação e aumentar as trocas comerciais.
“Hoje em dia, café, caju, vinho e outros produtos famosos provenientes dos países de língua portuguesa são servidos cada vez mais frequentemente na mesa das famílias chinesas”, notou Wen Jiabao, acrescentando que “mercadorias chinesas, sem serem caras, provenientes da China, têm enriquecido os mercados dos países lusófonos”.
E lançou um desafio: atingir trocas comerciais no montante de cem mil milhões de dólares no prazo de três anos. A meta, no entanto, foi ultrapassada nos primeiros 11 meses do ano passado.
Fonte: JA
