O Paquistão participou pela primeira vez na Feira Internacional de Luanda (FILDA), através da sua multinacional Conwill, ao lado da Turquia, Indonésia, Macau, Cabo Verde e Guiné Equatorial.
Pouco conhecido no mercado angolano, o Paquistão é um grande produtor de arroz e o terceiro maior exportador mundial deste cereal. As circunscrições de Larkana e Jacobabad, nos distritos de Sindh e Nasirabad, assim como de Balochistan, são as mais referenciadas, mas a grande região do arroz fica no Noroeste de Punjab, nas áreas de Gujranwala, Sheikhupura e Sialkot. As demais zonas produtoras são Shikarpur, Dadu, Thatta, Badin, Okara, Gujrat, Sargodha, Lahore, Kasur e Sahiwal, respectivamente.
Depois do arroz, o trigo é o cereal de maior consumo no Paquistão. Por altura da independência nacional, em 1947, a produção do arroz era de 600 mil toneladas por ano. Actualmente, a produção é superior a seis milhões de toneladas por ano, o que faz com que a agricultura participe em 22 por cento na formação do Produto Interno Bruto (PIB) do Paquistão.O rendimento por hectare aumentou com o uso de sementes híbridas. Por este processo, 1.600 quilogramas plantados resultam em 3.200 quilogramas de colheita em cinco anos, atingindo, por vezes, a cifra de 4.000 quilogramas. O arroz não faz parte da dieta básica dos paquistaneses, uma vez que as preferências alimentares recaem para os derivados do trigo. Por isso, no mercado internacional, o Paquistão tem grande vantagem sobre a concorrência do comércio do arroz, superando a Tailândia, Vietname e Índia.
Nestes países, o arroz faz parte da dieta básica da população, apesar de serem exportadores.Hoje, mais de 70 por cento do arroz produzido pelo Paquistão é exportado. O mercado interno é livre e não tem intervenção do Estado, o que garante um abastecimento global durante todo o ano.
Fonte: Jornal de Angola
