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    Teatro em Angola: Um futuro promissor

    Teatro em Angola: Um futuro promissor

    Na cena do teatro angolano muitos grupos já atingiram níveis que permitem a sua participação em eventos importantes a nível internacional.

    Na cena do teatro angolano muitos grupos já atingiram níveis que permitem a sua participação em eventos importantes a nível internacional. Contudo segundo os actores nacionais muito precisa ainda de ser feito.

    Nomes como Roldão Ferreira, José Mena Abrantes, António de Oliveira ” Délon”, Ana Paula Victor, Artimísia Lemos, Sebastião Figueira, Nowa Wete, Carlos Dias, Salvador Freire, David Mendes, Armando Rosa, Adelino Caracol, Púlqueira Van-Dúnem, Africano Cangombe, Avelino Dikota, Correia Domingos, Correira Azevedo Zulmira e Agnela Barros fazem parte da história do teatro em Angola.

    Uma nova geração integra-se em grupos tais como Horizonte Nzinga Bande, Pitabel e Miragens ETU-LEN, JULU, OASIS só para citar alguns.

    Cada um contribuiu à sua maneira para que o teatro angolano chegasse ao seu momento actual.

    Simão Paulino, está no teatro há 14 anos. E diz que os seus primeiros passos foram difíceis, mas, acrescentou, que com eles aprendeu muito e conseguiu afirmar-se no mercado como actor reconhecido.

    Para o jovem actor, a arte de representar é bastante exigente, daí a necessidade da criação de escolas teatrais que possam garantir qualidade nos trabalhos ligados ao ramo.

    Simão Paulino, é de opinião de que o teatro, mais do que fazer rir as pessoas tem como principal objectivo levar à reflexão do público acerca dos vários problemas sociais, políticos e económicos que o país enfrenta.

    Com o aparecimento de vários grupos, Simão Paulino, refere que muito deve ser feito para aumentar a qualidade das obras. Para o efeito, acrescenta, deve ser feita uma maior aposta nas infra-estruturas, sobretudo em salas de exibição.

    Carlos de Carvalho é o presidente da associação angolana de teatro, e afirma que para além da falta de infra-estruturas, a aposta do governo deve incidir na formação e acompanhamento pormenorizado aos grupos teatrais.
    Quanto à aderência do público às salas de espectáculo, Simão Paulino, mostra-se satisfeito porque ao contrário do que sucedia há alguns atrás, as pessoas já têm mais interesse em acompanhar as obras em exibição.

    Actualmente, os grupos teatrais contam com apenas quatro salas, nomeadamente, o cine teatro nacional do espaço Chá de caxinde, LAASP, Elinga Teatro, salas que segundo Carlos de Carvalho ainda não oferecem as condições adequadas para a exibição de peças de teatro.

    Carlos de Carvalho, disse por outro lado que o número de grupos teatrais, cresceu, entanto ainda não corresponde à qualidade desejada.

    Orlando Capata, faz teatro há 12 anos e actualmente dirige um grupo infanto-juvenil. Segundo o actor, hoje os grupos teatrais estão por conta própria. Daí a necessidade de o governo criar políticas que possam garantir maior apoio.

    A maioria dos actores não tem formação. E uma das apostas é contratar especialistas, a exemplo de João Mota, que esteve a formar durante três meses vários actores Angolanos.

    Orlando Capata, ressalta ainda que trabalhar com crianças, requer muita criatividade e através das peças teatrais, cultiva-se nas crianças o gosto pela leitura, o respeito pelos mais velhos e o resgatar dos valores morais e cívicos até mesmo de pessoas de outras idades.

    Qualidade, formação e apoio é o que falta no mercado do teatro em Angolano. Mas esforço de quem prática, tem tornado possível o reconhecimento do país nos mais variados palcos do mundo.

     

    Por Esperança Gaspar | Luanda

    Fonte: VOA

    Foto: photos.com

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