A 15 de agosto de 2021 os Talibãs voltavam a tomavam o poder no Afeganistão e prometiam à comunidade internacional respeitar, de alguma forma, os direitos das mulheres.
Dois anos volvidos as promessas não foram cumpridas e com sanções internacionais que estrangulam a economia, a necessidade de apoio humanitário às populações disparou.
Neil Turner, diretor do Conselho Norueguês para os Refugiados no Afeganistão explicava que o “principal problema, atualmente é o financiamento”.
A ONU manifestava grande preocupação com a situação das mulheres no país, que continua a deteriorar-se de dia para dia. São vítimas de violência sexual, psicológica, económica e administrativa. A sua liberdade de movimentos é limitada. Não estão autorizadas a estudar e a trabalhar, nem para organizações humanitárias o que põe em causa, mais ainda, o apoio às populações.
A vice-presidente da “ONU Femmes France” falava do impacto, para a população em geral, do fim do trabalho das mulheres. Carlotta Gradin explicava que “teve um impacto enorme” porque eram sobretudo as mulheres “os membros operacionais das ONG, prestavam ajuda à população. Isto significa que esta ajuda não está a ser entregue à população”, frisava esta responsável.