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    Strauss-Kahn foi colocado em liberdade

    O ex-director-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI) Dominique Strauss-Kahn teve ontem a sua detenção domiciliar anulada, por decisão do juiz Michael Obus sob recomendação do procurador, na sequência de elementos que desacreditam as declarações da queixosa, embora continue acusado judicialmente de abuso sexual e tentativa de violação da mesma.
    “O juiz fez o que é correcto”, declarou no final da audiência Benjamin Brafman, principal advogado de defesa de Strauss-Kahn. “Este caso não é o que parecia”, acrescentou.
    DSK, como é conhecido pela imprensa, compareceu ontem em audiência no Tribunal Federal que trata do seu caso, depois da sua defesa e da procuradoria de Manhattan, Nova Iorque, encontrarem elementos que põem em causa a credibilidade da testemunha de acusação, uma imigrante guineense de 32 anos que o denunciou em 14 de Maio.
    O juiz, que decidiu manter consigo o passaporte do réu, para evitar que saia dos Estados Unidos, determinou igualmente a devolução da fiança de seis milhões que DSK e a sua família depositaram no tribunal, como garante da sua liberdade condicional em prisão domiciliar.
    “Este caso ainda não terminou, embora o senhor possa ter entendido assim. Deve apresentar-se neste Tribunal no dia 18 de Julho. Espero que o senhor assim o faça”, realçou o juiz Obus a DSK, que saiu a sorrir do tribunal, juntamente com a sua mulher.
    Brafman destacou à imprensa que Strauss-Kahn “está livre para viajar pelo país aonde quiser”. O advogado afirmou que a decisão desta sexta-feira “é o primeiro passo” para que o seu cliente seja inocentado de todas as acusações.
    No final da audiência, o advogado de acusação, Kenneth Thompson, assinalou que “há exames médicos que evidenciam que Dominique Strauss-Kahn atacou a vítima e a maltratou”.

    Acrescentou ainda que a alegação apresentada pela defesa de que DSK e a empregada tiveram relação sexual consentida “é uma mentira”.
    Questionado sobre a alegação da defesa de que teria descoberto supostas “mentiras” ditas pela empregada guineense, quando ela pediu asilo político aos Estados Unidos, Thompson assinalou que “a vítima decidiu por si mesma dizer a verdade sobre como chegou a este país”.

    in JA

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