A Sonangol Starfish, subsidiária do Grupo Sonangol, efectuou a sua primeira descoberta de indícios de petróleo no mar, na bacia de Campos, num bloco que já tinha perfurado sem sucesso, informou a empresa em comunicado enviado à Agência Nacional do Petróleo (ANP) do Brasil, ontem tornado público.
A descoberta de petróleo ocorreu na região pré-sal do bloco, onde encontrou indícios de petróleo em dois reservatórios.
A Sonangol Starfish, designação escolhida após compra da empresa brasileira Starfish pela companhia angolana Sonangol, em 2010, é a sexta produtora de petróleo no Brasil, de acordo com a Agência Nacional do Petróleo, com 832 barris diários e 1,6 milhões de metros cúbicos de gás natural.
Nos primeiros 23 dias de Janeiro foram registadas na página electrónica da ANP 11 descobertas de petróleo nas bacias brasileiras, sendo cinco da brasileira Petrobras e a restante de empresas privadas.
A Starfish era, antes da aquisição pela Sonangol, composta por antigos funcionários da Petrobras e produzia em terra, tendo feito sete descobertas, a mais importante das quais a do campo de Guanambi, na Bahia, em 2007, e que produz cerca de 200 barris diários.
Notícias daquela época indicavam que a Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola devia adquirir a petrolífera brasileira por 180 milhões de dólares, num negócio consubstanciado na aquisição do controlo da Starfish Oil & Gás, na qual a Sonangol já detinha uma participação de 18 por cento, transformando a empresa numa operadora de blocos no litoral brasileiro.
A Starfish era, então, uma das primeiras companhias independentes brasileiras de petróleo e gás, criada em 1999, por um ex-executivo da companhia petrolífera estatal Petrobras.Quando foi adquirida, a Starfish detinha direitos de exploração de 23 blocos em terra e em águas do litoral das regiões Nordeste e Sudeste do Brasil.
A companhia já tinha uma vasta experiência de estabelecimento de negócios com parceiros angolanos, depois de, em 2007, a empresa angolana Somoil ter ganho um concurso internacional para participar na pesquisa, desenvolvimento e produção de petróleo e gás no Brasil, tendo contratado a Starfish como operadora.
Naquela operação, a Somoil ficou com 50 por cento da concessão do Bloco BT-REC-18, na Bacia do Reconcavo, no Estado brasileiro da Bahia, tendo como operadora a brasileira Starfish, que detinha igual participação. Para o cumprimento das cláusulas contratuais, a Somoil desembolsou metade dos seis milhões de dólares, para amortizar as despesas iniciais efectuadas pela sua parceira brasileira.
Fonte: Jornal de Angola
Fotografia: Jornal de Angola