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    Só 8 em cada 100 projectos do PRODESI têm financiamento

    Só oito por cada 100 projectos submetidos aos apoios do Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (PRODESI) receberam luz verde das instituições bancárias e estão em condições de aceder a crédito bancário.

    Ao todo, de 5.345 projectos submetidos, só 418 foram aprovados e, destes, apenas 183 já foram desembolsados pela banca.

    Ao todo, os bancos desembolsaram 352,6 mil milhões Kz, valores que vão aumentar, até porque 235 projectos submetidos e já aprovados aguardam pelo dinheiro.

    Segundo dados de terça-feira,9 de Novembro, da página da internet dedicada ao PRODESI, quase metade dos projectos que procuraram financiamento desde o inicio do programa há dois anos encontra-se em situação de “desactivação”, ou seja, 2.516 projectos precisam de acompanhamento para estar em conformidade e só depois devem seguir o seu percurso para que sejam considerados aptos pelos bancos e assim obterem o tão esperado empréstimo. Já 1.112 propostas estão no processo de triagem e caracterização.

    A falta de garantias continua a ser das principais justificações encontradas pelos bancos na hora de recusar os pedidos de crédito, alegando que apenas estão a defender os depósitos dos seus clientes, defendem especialistas consultados pelo Expansão. Incumprimento das normas, estudos de viabilidade incompletos, informação financeira insuficiente, direito de superfície, pressupostos não credíveis e inconsistência do plano de negócios, engrossam a lista de constrangimentos que estão a limitar o acesso ao crédito com o propósito de financiar a produção interna.

    O programa que prevê o apoio aos produtores para que estes consigam aumentar o seu volume de produção, produtividade e desenvolvimento de negócios, está a ser financiado por 16 bancos comerciais e tem diferentes linhas de crédito. Destas destaca-se a linha de crédito ao abrigo do aviso 10/2020, de 4 de Abril, do Banco Nacional de Angola (BNA, já que foi a que linha que até à data libertou mais dinheiro às empresas, tendo já disponibilizado 331 mil milhões Kz, 94% do total disponibilizado no âmbito deste programa. Esta linha foi criada em Abril no âmbito das respostas do Executivo para combater os efeitos da pandemia da Covid-19, para potenciar a produção dos bens essenciais que apresentam défices de oferta de produção nacional. Permite financiar a importação de matérias-primas e o investimento necessário à produção, incluindo-se o investimento na aquisição de tecnologia, máquinas e equipamentos.

    Já a linha de crédito para o financiamento de compras de bens de consumo de origem nacional (OCD), desembolsou 10,6 mil milhões Kz, enquanto o Programa de Apoio ao Crédito (PAC), libertou 6,8 mil milhões Kz e a linha de financiamento de compras de insumos agrícolas e de pesca, disponibilizou 3,4 mil milhões Kz. Até ao momento, a linha de crédito do alemão Deutsche Bank, operacionalizada pelo Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA), no valor de mil milhões USD, ainda não desembolsou qualquer valor para a promoção da produção nacional, embora tenha projectos aprovados no valor de 99,1 mil milhões Kz.

    Entre os bancos que estão a financiar o PRODESI, o Millennium Atlântico lidera o top 5 dos que mais desembolsaram, um total de 191, 6 mil milhões Kz, enquanto o Standard Chartered Bank Angola aparece na segunda posição com 41,3 mil milhões Kz.

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