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    Situação na Guiné preocupa a CPLP

    O Conselho de Ministros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) reúnem hoje, em Lisboa, em sessão extra-ordinária, para discutir a actual situação na Guiné-Bissau, agravada com a tomada pelos militares da rádio pública e da casa do Presidente da República interino, Raimundo Pereira.
    Domingos Simões Pereira, que anunciou o facto à agência de notícias Lusa, esclareceu que a oitava sessão extra-ordinária do órgão colegial da CPLP foi convocada pelo ministro angolano das Relações Exteriores, Georges Chikoti, que pretende partilhar com os seus pares os últimos desenvolvimentos da Missão Militar de Angola na Guiné-Bissau (MISSANG), que foi extinta quarta-feira unilateralmente por Angola.
    “Em função disso, a CPLP tomará uma posição”, acrescentou o secretário executivo, o guineense Domingos Simões Pereira.

    Fim da MISSANG

    Angola decidiu pôr fim ao Programa Especial de Cooperação com o Governo da Guiné-Bissau e, consequentemente, ao Protocolo para Implementação de um Programa de Cooperação Técnico-Militar e de Segurança dele decorrente e proceder a retirada unilateral e completa da MISSANG para Angola.  Numa declaração emitida ontem, o Executivo angolano esclarece que esta decisão decorre do facto de terem surgido, nas últimas semanas, na alta hierarquia do sector de Defesa e Segurança, “entidades que colocam dúvidas à necessidade e dos objectivos desse programa de cooperação”.   “A República de Angola em nenhum momento desejou envolver-se, nem pretendeu ser envolvida, em assuntos que apenas dizem respeito aos órgãos e instituições soberanas da República da Guiné-Bissau e ao povo guineense”, salienta o documento. Na declaração, o Executivo sublinha que a República de Angola continuará a manter o mesmo nível de excelentes relações de amizade e cooperação com a República da Guiné-Bissau, “alicerçadas na proximidade e um passado de luta comum pela libertação nacional dos povos guineense e angolano, respeitando integralmente os acordos existentes noutros domínios”.

    “O Estado angolano mantém-se disponível para contribuir de modo bilateral e num quadro multilateral, devidamente mandatado pela Comunidade Internacional, para a segurança e estabilidade, para a consolidação do Estado Democrático de Direito e também para o desenvolvimento económico e social da República da Guiné-Bissau”, lê-se na declaração.

    Papel preponderante

    O embaixador de Cabo-Verde em Angola, Domingos Mascarenhas, afirmou, em Luanda, que o seu governo tem desempenhado um papel preponderante na crise da Guiné-Bissau, interagindo com todas as partes.
    Em declarações à Angop sobre a crise naquele país da África lusófona, o diplomata destacou que o seu país tem apoiado os esforços da CPLP, da CEDEAO, União Africana (UA) e das Nações Unidas, para que se encontre uma saída para a situação da crise pós-eleitoral.

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