O presidente do Sindicato Nacional dos Professores (SINPROF), Guilherme Silva, manifestou-se hoje, quarta-feira, em Ndalatando, Kwanza Norte, preocupado com o baixo nível académico de alguns professores do ensino primário, pois não corresponde com as actuais exigências do sistema de ensino.
O responsável, que falava à imprensa à margem de um encontro com os docentes da província para constatação com as estruturas sindicais, referiu que não faz sentido ter no ensino primário professores com a sexta classe.
Segundo afirmou, tal facto pode comprometer os objectivos do programa da reforma educativa que está a ser implementado em todo o país.
Guilherme Silva mostrou-se igualmente insatisfeito com os salários que são pagos aos professores com a categoria de auxiliar do ensino primário, que são incompatíveis com actual nível de vida, sobretudo para aqueles que funcionam nas áreas rurais, onde os preços dos produtos básicos são exorbitantes.
O responsável sindical disse existir até agora no país professores com um pérfil académico e profissional aceitável, mas que continuam a auferir um salário incompatível com o tempo de serviço.
Referiu ainda que o SINPROF continua a manter conversações com o Executivo com vista a efectivação da actualização da carreira dos professores, à luz do novo “Estatuto de Carreira Docente” aprovado em Março de 2008.
Solicitou às representações sindicais provinciais e direcções de educação maior abertura para que todos os pendentes sejam resolvidos na base do diálogo, visando a melhoria das relações entre as instituições.
O SINPROF é uma organização sindical independente, existente há 16 anos e controla perto de 90 mil membros, num universo de 240 mil professores do subsistema de ensino não universitário e trabalhadores não docentes.
FONTE: Angop