O índice de sinistralidade rodoviária em Angola registou, no período 2005/2011, um aumento de 75.183 acidentes rodoviários, que resultaram em 17.183 mortos e 72.510 feridos.
A informação foi avançada ontem pelo chefe de repartição e especialista da Direcção Nacional da Viação e Trânsito (DNVT), Adriano Simão do Rosário, durante uma palestra sobre “Prevenção rodoviária”, direccionada aos motoristas da empresa de Transportes Colectivos Urbanos de Luanda (TCUL).
A palestra informou aos condutores o índice de sinistralidade rodoviária em Angola, tendo em conta o número de acidentes causados pelos transportes da TCUL.
Adriano Simão do Rosário referiu ainda que o período 2005/2011 foi considerado pela Polícia Nacional o mais crítico. “Infelizmente, desde o ano 2005 o índice de acidentes que terminaram em mortes cresceu excessivamente”, disse.
No primeiro semestre de 2012, foram registados 8.461 acidentes, que resultaram em 2.142 mortes e 7.822 feridos, o que faz da sinistralidade rodoviária a segunda causa de mortes em Angola, depois da malária. Adriano Simão do Rosário apontou que os principais factores são o excesso de velocidade, o uso de bebidas alcoólicas, o péssimo estado dos veículos e a negligência dos motoristas. As províncias com maior índice de acidentes rodoviários são Luanda, Benguela, Huambo, Bié e Huíla. O oficial afirmou que os acidentes de viação já se apresentam como um problema de saúde pública.
O superintendente-chefe Edgar da Silva pediu aos motoristas dos transportes públicos e em especial da TCUL, que cumpram as regras do Código de Estrada, de forma a evitar que o número de mortes cresça, porque muitos destes condutores têm uma condução reprovável. “É lamentável o que se tem registado nas estradas do país, temos visto que muitos motoristas andam com excesso de velocidade e colocam em risco a vida das pessoas”, disse.
Edgar da Silva aconselhou as empresas de transportes colectivos a fazerem periodicamente um teste de superação dos seus motoristas para aperfeiçoarem a sua condução.
Fonte: JA