As obras de reabilitação das principais ruas da cidade do Namibe, que tiveram início em Dezembro, começam a apresentar resultados positivos: foram colocados semáforos nos principais cruzamentos, e na proximidade das escolas e paragens de autocarro.
Ao longo de um século de existência, é a primeira vez que as ruas da cidade têm semáforos. O encarregado da obra, João Weba, assegurou ao Jornal de Angola que os trabalhos decorrem a bom ritmo, apesar dos pavimentos desnivelados e da falta de máquinas apropriadas para a escavação das valas de passagem dos cabos eléctricos.
“Temos de adquirir o material em Luanda ou em Durban, na África do Sul, quando pensávamos que o podíamos fazer aqui no Namibe”, esclareceu.
João Weba disse estar indignado com o comportamento de alguns automobilistas, kupapatas e peões que invadem as áreas de trabalho. “Muita gente ultrapassa os obstáculos e logo à frente encontra o pessoal a trabalhar e não tem como passar. É difícil lidar com os automobilistas. Até mesmo os reguladores de trânsito passam por dificuldades”.
A colocação e o funcionamento dos sinais luminosos têm sido uma novidade para muitas pessoas. “Quando estivemos a ensaiar, alguns automobilistas disseram que não estavam preparados para receber os sinais, mas que com o tempo vão habituar-se”, adiantou o encarregado da obra.
Os resultados da colocação e funcionamento dos semáforos já se fazem sentir. A circulação no cruzamento junto à Direcção Provincial da Saúde, bem no coração da cidade, está muito mais fluida.
O próximo passo vai ser a sinalização luminosa da via que liga o centro da cidade ao Aeroporto Yuri Gagarine, num percurso de sete quilómetros. A sinalização do trânsito, seja luminosa ou outra, é um avanço na prevenção de acidentes, mas, só por si, não basta. Também é necessário ter prudência. Joaquim Pedro, 25 anos, automobilista há cinco, disse ao Jornal de Angola que vai sensibilizar, pessoalmente, os seus colegas para uma maior prudência, visto ser a primeira vez que a cidade tem sinais luminosos de prevenção rodoviária.
Eurico Mundombe, 37 anos, que faz serviço de kupapata, afirmou sentir-se feliz com os semáforos. “Foi uma boa ideia para a cidade do Namibe, onde o fluxo rodoviário cresce a cada dia. Assim estamos bem servidos”, disse. A sua opinião é corroborada por muitos residentes da cidades do Namibe.
Fonte: JA