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Domingo, Novembro 10, 2024

Seca: Somália precisa “urgentemente” de mais ajuda humanitária

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FONTE:DW

O Governo da Somália e as Nações Unidas pediram “com urgência” mais ajuda humanitária para enfrentar a pior seca no país há pelo menos 40 anos, agravada pela insegurança e pelos elevados preços dos alimentos.

O Governo da Somália e as Nações Unidas pediram “com urgência” mais ajuda humanitária para enfrentar a pior seca no país há pelo menos 40 anos.

“Estamos a enfrentar uma grande emergência. No ano passado, declarámos a seca uma emergência e fizemos esforços para alcançar as pessoas mais vulneráveis, mas precisamos do apoio da comunidade internacional para evitar uma maior deterioração”, refere um comunicado conjunto do vice-primeiro-ministro da Somália, Salah Ahmed Jama, e da ONU.

“As organizações humanitárias adaptaram a resposta para atingir as áreas onde as necessidades são maiores, concentrando-se nas pessoas mais vulneráveis. Mas sabemos que precisamos urgentemente de fazer mais e, para isso, precisamos de mais dinheiro”, disse Adam Abdelmoula, vice-especialista representante do secretário-geral e coordenador humanitário da ONU para a Somália.

De acordo com o comunicado, a Somália enfrenta a pior seca de há pelo menos 40 anos devido às “historicamente fracas quatro estações chuvosas consecutivas, conflitos persistentes, deslocamentos e altos preços dos alimentos que deixam milhões de pessoas em risco, à beira da fome”.

A gravidade e a duração da seca forçaram a ONU a rever o orçamento da Somália para responder às necessidades “mais ameaçadoras” de 7,6 milhões de pessoas que precisam de assistência humanitária.

Segundo os novos números, a operação destinada a evitar o maior número possível de mortes por fome na Somália exigirá um financiamento de 2,26 mil milhões de dólares (2,29 mil milhões de euros) este ano, acima dos 1,46 mil milhões de dólares estimados no início de 2022.

Mais de 80% das necessidades de financiamento estão relacionadas com a seca.

A Somália já sofria uma situação de fome em 2011, o que teria causado a morte de 4,6% da população total das regiões afetadas do centro e sul do país, embora no caso de crianças menores de 5 anos a proporção terá sido de 10%, segundo estimativas da ONU.

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