Trinta e cinco óbitos é o registo causado pela malária nos meses de Janeiro a Fevereiro do ano em curso em Cabinda, dos cinco mil e 792 casos notificados pela secretaria provincial da saúde, escreve a Angop.
Em breves declarações, terça-feira, a imprensa, a supervisora do programa provincial de combate a malária em Cabinda, Angelina Nunes, referiu que o aumento de casos de malária na província deve-se a falta da cultura no seio da população sobre o uso correcto do mosquiteiro, a inexistência de saneamento básico adequado e a acumulação de lixo nas valas de drenagem.
“A malária é uma doença que pode ser tratada e se as populações cumprirem com rigor os conselhos que os técnicos de saúde transmitem como fechar as janelas, sacudir a casa antes de sair e montar correctamente o mosquiteiro não teríamos o número elevado de casos e de óbitos por malária”, disse Angelina Nunes.
Indicou ainda que o programa provincial de combate a malária está virado para as mulheres grávidas e crianças de menor idade, com o aconselhamento de colocação de mosquiteiro de forma rotineira, com vista a diminuição de casos de óbitos.
“As mulheres grávidas que vêem às consultas e às crianças de menor idade recebem mosquiteiros, mas infelizmente, a população muita das vezes não coloca em prática os conselhos dos técnicos de saúde e os mosquiteiros que recebem são usados para outros fins, como por exemplo, para o embrulho de peixe, mandioca, milho e de outros produtos agrícolas, o que está na base do aumento dos índices desta patologia”, referiu.
A secretaria provincial da saúde, em coordenação com as administrações municipais com vista a combater a propagação da doença, leva a cabo programas de fumigação exterior e interior em vários bairros nas zonas de existências do vector para além da realização de palestras de sensibilização à população ao uso de mosquiteiros e destruição de áreas de acumulação de lixo e águas estagnadas.
A secretaria da saúde em Cabinda conta igualmente para além dos apoios do governo da província como também da parceria com a multinacional Chevron, a África Care e World Vision que desenvolvem programas de malária junto às comunidades.