O país conta apenas com 951 postos de combustíveis, sendo que quase metade, 432, são controlados por pequenos operadores designados por bandeira branca. A Sonangol Distribuidora é o maior player do segmento de distribuição com uma quota de mercado (vendas) de 64%, a Pumangol é o segundo maior player com 24% sendo que os restantes 16% estão distribuídos pela Sonangalp e a Tomsa (Total Marketing and Services Angola).
Apesar do número de bombas de combustível ter crescido, ainda assim dos 164 municípios existentes em Angola há 39 que não possuem um único posto de abastecimento.
As petrolíferas angolanas Somoil e Prodoil estão a preparar-se para entrar para o mercado de distribuição de derivados de petróleo, aumentando para seis o número de grandes investidores institucionais na gestão das bombas de gasolina no País, confirmou o director doo Instituto Regulador dos Derivados de Petróleo (IRDP).
O Expansão confirmou que a Somoil criou em Março do ano passado uma subsidiária designada Somoil Distribuidora.
Mas fontes ligadas ao processo informam que a empresa criada por antigos quadros da Sonangol entre os quais se destacam Manuel Vicente, Desidério Costa, Albina Assis, Joaquim David e Syanga Abílio já tinha algumas bombas de combustível a funcionar.
O IRDP, liderado por Albino Ferreira, está a analisar e a ponderar o ajustamento do preço dos combustíveis tendo como finalidade a atracção de novas empresas para o sector.
O ajuste do preço dos combustíveis “é considerado crucial para o desenvolvimento do sector, uma vez que a sustentabilidade económica dos operadores envolvidos neste mercado depende de preços justos [que permitam rentabilidade aos investidores] ” lê-se no documento.
Na base do interesse das petrolíferas angolanas apostarem no segmento da distribuição está a reforma do sector dos petróleos, que prevê a liberalização do mercado e a liberação dos preços da Gasolina, Gasóleo, JetA1 (combustível para aviões).
39 municípios sem postos
O IRDP apresenta 5 factores como estando na base da carência de investimentos nestes municípios – o não ajustamento dos preços de venda ao público, o mau estado das vias de acesso, a baixa actividade económica em determinadas localidades e as dificuldades de manter a operacionalidade dos P.A. uma vez que a maior parte dos equipamentos e acessórios são importados e são cada vez mais caros devido à crescente taxa de câmbio da moeda estrangeira.
Questionados pelo Expansão sobre as medidas tomadas para inverter a falta de investimentos em zonas carenciadas e novos investimentos noutras áreas , o IRDP revela que a estratégia passa por convencer a Sonangol a investir na construção de novos postos de abastecimento de pequena e média dimensão, e logo a seguir assinar contratos de concessão destes postos aos privados.