A evocação dos 25 anos da morte do primeiro Presidente moçambicano, Samora Machel, arrancou segunda-feira em Mbuzini, região sul-africana onde, a 19 de Outubro de 1986, caiu o avião presidencial que o transportava de Lusaka, na Zâmbia, para Maputo.
Uma sessão solene, na qual estiveram presentes os presidentes de Moçambique, Armando Guebuza, e da África do Sul, Jacob Zuma, e cerca de cinco mil convidados, realizou-se naquele local, onde ocorreu o desastre em que perderam a vida outras 33 pessoas que integravam a comitiva do Presidente Samora Machel.
Um quarto de século depois, permanece o mistério em torno da queda do Tupolev, nunca desfeito nos diversos inquéritos aos acontecimentos, e que mantém acesas as acusações de Moçambique ao regime de “apartheid”, que então vigorava na África do Sul, ou as dos dirigentes sul-africanos da época aos “erros” da tripulação soviética.
O ponto alto da evocação da vida e obra de Samora Machel, a quem Moçambique dedica todo o corrente ano, tem lugar hoje em Maputo, com o descerramento de uma estátua na praça da Independência.
A estátua, de grandes dimensões e produzida na Coreia do Norte, já se encontra há dias na capital moçambicana, embora coberta, e no seu descerramento está prevista a presença da Presidente brasileira Dilma Rousseff que, nesse dia, inicia uma visita oficial a Moçambique e horas depois embarca com destino a Luanda, para uma visita de Estado de 48 horas a Angola.
Fonte: Jornal de Angola
Fotografia: DR