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Domingo, Novembro 3, 2024

Rússia reafirma que vai continuar a barrar sanções à Síria na ONU

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 - portal de angola
O presidente russo Dimitri Medvedev condenou a repressão na Síria mas afirmou que continua a se opor à adoção de sanções contra o país.

O presidente russo, Dimitri Medvedev, afirmou nesta sexta-feira que o regime sírio de Bachar al Assad deve “partir” se não fizer “reformas indispensáveis”, mas enfatizou que esta decisão não cabe à Otan ou a certos países europeus.

“Nós estamos trabalhando ativamente com os dirigentes sírios para que eles realizem as reformas indispensáveis”, declarou Medvedev segundo as agências de notícias russas.

Desde meados de março a Síria é palco de revoltas populares duramente reprimidas pelo governo. A reação do regime já teria feito quase três mil mortos, segundo as Nações Unidas.

“Se os dirigentes não são capazes de fazer as reformas, eles devem partir, mas são o povo e o regime sírio que devem decidir, e não a Otan ou certos países europeus”, acrescentou Medvedev.

No futuro, a Rússia, membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, vai se pronunciar “contra as tentativas de adotar sanções por meio do Conselho de Segurança com o objetivo de provocar uma mudança de regime”, avisou o presidente russo.

Essas declarações ocorrem alguns dias após o veto da Rússia e da China a um projeto de resolução da ONU sobre a repressão dos manifestantes na Síria. Os países ocidentais que haviam apresentado terça-feira um projeto pedindo “medidas pontuais” contra a Síria denunciaram a decisão da Rússia e da China.

Aliada há muito tempo da Síria, à qual ela fornece armas, a Rússia afirma não ser advogada do regime de Damasco e condenou a repressão de manifestações pacíficas.

Moscou já havia proposto à ONU seu próprio projeto de resolução enfatizando a necessidade do diálogo político na Síria e pressionando ao mesmo tempo o regime do presidente sírio e a oposição.

A Rússia afirma bloquear os projetos de resolução dos países ocidentais por ser contrária à ingerência e por medo de que a intervenção ocidental na Líbia se repita.

 

Fonte: Rfi

Foto: Reuters

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