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    Ruper Murdoch voa para Londres depois das detenções no The Sun

    O bilionário australiano Rupert Murdoch, patrão do grupo News Corporation, vai viajar para Londres nos próximos dias, na sequência da detenção de cinco jornalistas do The Sun por suspeita de suborno, para mostrar o seu apoio aos responsáveis da publicação.

    Segundo noticia hoje o Financial Times, citando fontes próximas do empresário, o objetivo de Murdoch é assegurar aos funcionários do “The Sun” que apoia o director Dominic Mohan, e que não tem intenção de fechar o jornal.

    No sábado, cinco jornalistas do tablóide britânico The Sun foram detidos no âmbito de uma investigação criminal sobre subornos à Polícia, confirmou o grupo News Corporation, empresa detentora do diário.

    A par dos jornalistas, foram ainda detidas mais três pessoas: um militar, um funcionário do Ministério da Defesa e um polícia no activo, segundo indicaram as forças de segurança.

    Os jornalistas, com idades compreendidas entre os 45 e os 68 anos, foram detidos em vários locais de Londres, bem como nos condados vizinhos de Kent e Essex. Os profissionais são suspeitos de corrupção e de conspiração para fomentar conduta inapropriada.

    Os restantes suspeitos, com idades que variam entre os 36 e os 39 anos, são acusados igualmente de corrupção e de má conduta no exercício de um cargo público.

    O diretor do jornal, Dominic Dohan, afirmou entretanto estar «surpreendido» com a detenção dos cinco profissionais.

    «Estou tão surpreendido como qualquer outra pessoa com estas detenções, mas estou empenhado para continuar a dirigir o The Sun nestes tempos difíceis», declarou Dohan.

    «Tenho uma equipa fantástica e temos o dever de servir os nossos leitores, e vamos continuar a fazê-lo», sublinhou o responsável, concluindo que o objectivo é «fazer a edição de segunda-feira».

    As detenções foram feitas no âmbito da operação policial Elveden, que está a decorrer em paralelo com a operação Weeting, que está a investigar o caso de escutas telefónicas ilegais praticadas por jornalistas para obter notícias exclusivas.

    O caso das escutas, aberto inicialmente em 2006, voltou novamente às primeiras páginas internacionais em 2011 com a divulgação de novas denúncias que levaram à detenção de dezenas de trabalhadores do tabloide News of the World, também detido pela News Corporation, do magnata australiano Rupert Murdoch. O jornal não resistiu ao escândalo e encerrou após 168 anos de história.

    Em comunicado, a News Corporation informou no sábado que uma comissão interna facilitou aos investigadores policiais as informações que desencadearam a detenção dos jornalistas do The Sun, a quem a empresa ofereceu «representação legal imediata».

    «A News Corporation continua comprometida em garantir que não se repitam práticas ilegais utilizadas no passado por indivíduos para obter informação», indicou a empresa.

    No entanto, o grupo editoral irá tomar «todas as medidas necessárias para assegurar que as fontes jornalísticas e os privilégios legítimos sejam protegidos», durante a investigação criminal.

    O The Sun é o jornal mais popular do Reino Unido com uma circulação diária de quase três milhões de exemplares.

    Fonte: LUSA/SOL

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