Com remoção de todos estes engenhos, afirmou, ficou limpa uma área de 401.768 metros quadrados.
As acções de desminagem, quer a operacional, quer a pontual, foram da responsabilidade das brigadas de sapadores do Instituto Nacional de Desminagem (INAD), Polícia de Guarda Fronteira e da 3ª brigada especial da Casa Militar da Presidência da República, nas localidades de Canzar, Chicapa, no perímetro fronteiriço de Txissanda e Nachiri, no Txacala e na área eleita para a reserva fundiária, no município de Xá-Muteba.
No ano passado, realçou, não foi registada a ocorrência de acidentes com minas ou outros engenhos explosivos, contribuindo para isso as acções de sensibilização realizadas pelo INAD em Lúmua, na sede de Cambulo e em Canzar. Lucas Mendes lamentou que, em 2011, não tivesse havido assistência às vítimas de minas por falta de financiamento do Centro de Apoio e Desenvolvimento das Comunidades (CADC).
O CADC é, em colaboração com as direcções provinciais dos assuntos sociais e antigos combatentes e veterano da pátria, o responsável pelo apoio às vítimas de minas. A insuficiência de operadores de desminagem na província, a falta de operadores em educação sobre o risco de minas e assistência às vítimas, tal como de um centro de reabilitação física e de meio de transporte são as principais dificuldades vividas pela comissão provincial de acção contra minas.
A comissão tem, este ano, como metas, entre outras, a mobilização de mais sapadores, garantir a livre circulação de pessoas e bens, tendo em conta as eleições gerais, libertar as áreas para o exercício da actividade agrícola e acompanhamento das obras de reabilitação da Estrada Nacional, vias secundárias e terciárias.
As acções de desminagem no país têm contado com o concurso de vários operadores, entre os quais organizações não governamentais que ajudam a Comissão Interministerial criada para o efeito.
Fonte: JA