A violência na Síria cresceu nos últimos três dias, segundo os observadores árabes. Só nesta sexta-feira, 37 pessoas morreram nesta sexta-feira, segundo os militantes de organizações de Direitos Humanos presentes no país. O Conselho de Segurança da ONU deve analisar uma proposta de resolução nesta noite.
Nos últimos três dias, pelo menos 122 pessoas morreram, um recorde desde o início das manifestações, em 15 de março de 2011. Nesta sexta-feira, os combates deixaram 37 vítimas em todo o país, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos: 15 em Hamas, 12 em Nowa, na província de Deraa, no sul do país, cinco em Alep, no norte, quatro em Homs, um em Hamourieh, no subúrbio de Damasco, e outra pessoa morreu em Hama.
De acordo com a organização, esta é a primeira vez que os ataques atingiram civis em Alep, a segunda maior cidade do país. Outros dois atentados também deixaram 12 mortos. O primeiro em Idleb, contra um posto de controle da polícia, deixou seis vítimas. Em Mazaïrib, um grupo de desertores atacou dois ônibus, o que também provocou a morte de seis mortos e cinco feridos, segundo o presidente do Observatório, Rami Abdel Rahmane.
Na quinta-feira, as forças armadas sírias lançaram uma nova ofensiva contra Hamas e Homs, depois de atacar Douma, perto da capital, segundo a Organização. Todas as sextas-feiras, os opositores convocam grandes passeatas pelo país. Hoje, ocorreram grandes manifestações em Midane, Kaboune e Barzeh. Paralelamente, no Egito, mais de 200 pessoas atacaram a embaixada da Síria no Cairo, quebrando portas e janelas entrar no imóvel.
Nesta sexta-feira, o Conselho de Segurança da ONU se reúne para avaliar uma proposta de resolução feita pelo Marrocos, que deverá ser submetida aos 15 membros do Conselho. A Rússia, membro permanente do Conselho de Segurança da com poder de veto, já deixou claro que não apoiará o documento, que pede a saída de Bachar al-Assad. O país chegou a propor um texto que foi refutado pela comunidade ocidental, colocando no mesmo nível opositores e governo.
Fonte: RFI
Foto: Reuters