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    Relatório dos EUA aponta violações graves em Angola, Moçambique, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe

    Relatório anual do Departamento de Estados 2022 aponta execuções extrajudiciais, prisão arbitrária de cidadãos, e sua tortura, e tratamento desumano às mãos das forças de segurança, Cabo Verde é excepção.

    O relatório anual do Departamento de Estado americano sobre os direitos humanos, em 2022, divulgado nesta segunda-feira, 20, relata violações graves daqueles direitos nos países africanos de língua portuguesa à excepção de Cabo Verde.

    Angola, Moçambique e a Guiné-Bissau apresentaram as violações de direitos humanos mais graves: execuções extrajudiciais, prisão arbitrária de cidadãos, sua tortura e tratamento desumano às mãos das forças de segurança.

    O relatório refere, ainda, a detenção de presos políticos, ameaças e violência contra jornalistas e condições cruéis e degradantes nas prisões, pondo em risco a vida dos reclusos.

    Segundo o relatório, Moçambique sofre dos mesmos problemas e ainda decapitações, desaparecimento forçado de pessoas, violação, escravidão sexual e uso de crianças-soldados.

    Neste caso, estas violações são atribuídas aos extremistas muçulmanos que actuam no norte do país.

    O relatório aponta problemas graves de corrupção nos governos de Angola, Moçambique e Guiné-Bissau e, apesar de notar a criação de mecanismos para os combater, diz que a impunidade continua.

    No caso da Guiné-Bissau, o relatório nota o assalto ao palácio presidencial, no ano passado, e a detenção, temporária, do Presidente Sissoco.

    Em São Tomé e Príncipe, o Departamento de Estado aponta execuções extrajudiciais, prisões arbitrárias, tortura e corrupção.

    Cabo Verde é o único país africano de língua portugués que sai incólume no relatório, notando-se se alguns abusos da polícia, mas sem a gravidade dos outros países.

    No contexto mais vasto da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Portugal tem uma avaliação semelhante à de Cabo Verde, mas Brasil e Timor-Leste são alvos de uma apreciação mais crítica.

    Em Timor, para além de assassínios e corrupção governamental, aponta-se a continuada percepção de impunidade dos violadores de direitos humanos.

    No Brasil, diz o documento, houve assassínios, tortura, tratamento cruel e degradante por parte do governo, graves restrições à liberdade de expressão e imprensa, e impunidade para crimes contra minorias raciais, étnicas e sexuais.

    Apesar dos instrumentos de luta contra a corrupção, o relatório nota que permaneceu, em 2022, a impunidade das forças de segurança brasileiras.

    Este relatório é elaborado anualmente, por exigência legal do Congresso, e abrangeu 198 países e territórios.

    Até este momento, ainda não foi possível obter reacções dos governos referenciados.

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    FonteVOA

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