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    Relatório apresentado em Luanda aponta falta de política e financiamento para educação de jovens e adultos na África Austral

    Uma pesquisa sobre a atual situação da educação de jovens e adultos, realizada em cinco países da África Austral, concluiu que todos os Estados precisam de uma política distinta, financiamento e boa governação para garantir o seu acesso.

    A conclusão consta de um relatório sobre um estudo elaborado entre 2010 e 2011 pela Open Society Initiative para a África Austral (OSISA), apresentado hoje em Luanda, pela parte angolana.

    O documento tem como objetivo “tornar-se piloto” para futuras pesquisas sobre a educação de jovens e adultos em outros países da região e poder ajudar a medir as realizações nacionais ou falhas em relação aos parâmetros do compromisso africano.

    “Esta pesquisa procurou compreender a dimensão dos desafios, identificar as causas e procurar soluções para os desafios que dificultam o setor”, lê-se no relatório.

    Relativamente a Angola, o estudo foi realizado em dez das 18 províncias do país, nomeadamente Luanda, Bengo, Uíge, Malange, Huambo, Kuanza Sul, Huíla, Moxico, Lunda Sul e Cunene, por serem regiões com altos níveis de concentração populacional.

    No estudo, Angola (30%) ocupa o segundo lugar, depois de Moçambique (46%), como o país com a mais alta taxa de analfabetismo de adultos na região, já a taxa de analfabetismo de jovens situa-se em Angola nos 27% e em Moçambique 30%.

    No que se refere à média de anos de escolaridade formal entre adultos Angola (4.4) continua à frente de Moçambique (1.2).

    “O analfabetismo dos jovens é ainda um problema significativo, apesar dos esforços para levar o ensino primário formal a todos. Infelizmente, os anos médios de escolaridade alcançados por adultos ainda é muito baixo em todos os países, mais catastroficamente em Moçambique”, salienta o documento.

    Uma das recomendações do estudo vai no sentido da realização de uma campanha de sensibilização para que as questões de educação de jovens e adultos sejam “rapidamente levadas à atenção dos decisores nacionais de orçamento e sejam imediatamente capazes de influenciar as políticas dos governos e agenda legislativa”.

    O documento salienta que Angola e Moçambique têm tutores de alfabetização com deficiências educacionais e insuficiências de formação, que são “miseravelmente pagos e os seus salários não são ajustados há mais de uma década”.

    “Os custos de alfabetização por aluno são inferiores a metade da referência mínima da Campanha Global para a Educação. A maior parte do programa de educação para adultos em Angola e Moçambique é financiada pela ajuda externa”, informa o relatório.

    A Namíbia é dos cinco países o que melhor dados possui para a educação de jovens e adultos, constando no relatório que atualmente aquele país gasta cerca de 2 por cento do seu orçamento para esta faixa da população e que, entretanto, tudo está a ser feito para que se aumente a fasquia.

    FONTE: Lusa

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