As eleições antecipadas em Marrocos deverão ter lugar em Novembro, provavelmente a 11, com um ano de avanço sobre a data inicialmente prevista, após a adopção de uma nova Constituição proposta pelo rei Mohamed VI, atribuindo mais poderes ao primeiro-ministro, noticiou ontem a France Press.
A data foi anunciada durante uma longa reunião entre os responsáveis de uma vintena de partidos (maioria e oposição) e o ministro do Interior Taieb Cherkaoui.
As últimas legislativas foram realizadas em Setembro de 2007, estando as próximas previstas para o Outono de 2012, anteciopadas na sequência da adopção de uma nova Constituição para o referendo de 1 de Julho.
A data de Novembro constitui um compromisso entre os partidos que insistiam para que o escrutínio fosse realizado em Outubro e os que solicitavam um pouco mais de tempo para se prepararem melhor.
O secretário-geral do partido Islamita Justiça e Desenvolvimento (PJD, principal formação da oposição) indicou que a data de “11 de Novembro foi consensual, sublinhando, contudo, que o escrutínio pode ser adiado por alguns dias devido à aproximação da festa religiosa de Aid al Adha (festa de sacrifício)”.
Num discurso, Mohamed VI tinha apelado para a eleição rápida de um novo Parlamento, para que um futuro primeiro-ministro seja nomeado no seio do partido vencedor das próximas eleições, em conformidade com a nova Constituição.
A Lei Fundamental revista, aceite por mais de 98 por cento dos eleitores, segundo números oficias, reforça os poderes do primeiro-ministro, alarga as liberdades públicas.
Fonte: Jornal de Angola