Junho, para absorver todas as crianças fora do sistema de ensino, garantiu ontem o director provincial da Educação.
André Soma, que falava durante o acto de inauguração do Complexo Escolar do Cazenga, acrescentou que, com a entrada em funcionamento das novas salas, cerca de 83 mil crianças vão ingressar no sistema de ensino.
“Com a inauguração do Complexo Escolar do Cazenga, comportando duas escolas, o município tem agora um número ínfimo de crianças fora do sistema de ensino”, disse André Soma.
O director provincial da Educação informou que, de acordo com dados existentes, Luanda tem cada vez menos crianças fora do ensino, graças ao empenho do governo provincial na construção e reabilitação de novas salas de aula e a comparticipação dos cidadãos particulares, que também erguem salas em vários bairros, sobretudo na periferia.
“Dentro em breve, vamos construir mais uma escola do ensino médio, na mesma localidade, para facilitar a aprendizagem dos pequenos, que vão poder terminar o ensino médio sem se deslocarem para outra localidade”, anunciou o director provincial da Educação de Luanda.
O Complexo Escolar possui duas escolas com 15 salas cada, uma do I Ciclo do Ensino Secundário número 3049, que vai albergar 1.575 alunos em três turnos, e outra escola primária número 3048, com 1.050 alunos em dois turnos. Nos últimos meses, o Executivo tem trabalhado na elaboração de um programa capaz de garantir que a cada avanço económico do país corresponda um avanço ainda maior na área social.
Avanços
Koenraad Vanormelingen, representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), disse que Angola tem vindo a registar grandes avanços no acesso das crianças ao ensino primário. O aumento do número de alunos no ensino primário, de 1,7 milhões em 2001 para 3,5 milhões em 2011, combina com a construção de mais salas de aula. “Porém, ainda são enormes os desafios para a qualidade de ensino, sobretudo atendendo ao elevado número de professores sem formação pedagógica, o que contribui significativamente para o alto nível de absentismo escolar, abandono e de reprovações”, disse Koenraad Vanormelinge.
O responsável admitiu ainda que a introdução da componente “Escolas Amigas da Criança” no sistema de ensino e a formação de professores são provas evidentes dos esforços que o país está a desenvolver, para garantir o acesso à educação de qualidade.
“O défice de formação de professores tem grande reflexo no nível de aproveitamento e reprovações dos alunos e na qualidade do sistema de educação como um todo”, referiu, acrescentando que a Unicef está apostada em apoiar o Executivo para a melhoria da capacidade dos professores.
A Unicef é uma agência das Nações Unidas que tem por objectivo promover a defesa dos direitos da criança, ajudar a dar resposta às suas necessidades básicas e contribuir para o seu pleno desenvolvimento.
Fonte: JA