Na vila de Cafunfo, município do Cuango há três grandes ravinas, com cerca de 30 metros de profundidade, 500 metros de comprimento e 35 de largura, e que ameaçam zonas habitadas. A Administração Municipal começou agora as obras para impedir a sua progressão em direcção às casas.
Esta acção de estancamento visa diminuir os riscos que as ravinas representam para várias infra-estruturas viárias e residenciais da região, disse o responsável da obra, José Ribeiro. Na vila de Cafunfo, as obras de estancamento incluem a plantação de árvores no perímetro para impedir a formação de novas ravinas.
José Ribeiro salientou que as ravinas já destruíram uma parte do bairro comercial de Cafunfo, um troço de dois quilómetros da Estrada Nacional 225, e tornaram a vida de centenas de famílias num pesadelo, por estarem a viver em zonas de risco.
O responsável da obra explicou que as ravinas foram causadas pela chuva e águas residuais em solos onde a vegetação desapareceu por acção do homem. Como as árvores e arbustos foram cortados, desapareceu a protecção do solo, que ficou vulnerável às enxurradas.
O governador da Lunda-Norte, Ernesto Muangala, que esteve recentemente na vila de Cafunfo, para verificar o andamento das obras de estancamento das ravinas, prometeu trabalhar para ultrapassar algumas dificuldades que a empreiteira enfrenta, no sentido desta cumprir os prazos estabelecidos no contrato.
Depois de Cafunfo, as ravinas constituem igualmente grande preocupação nas cidades do Dundo e Lucapa e na vila de Calonda.
Susana Cabaibai, moradora numa zona afectada pelas ravinas, ficou satisfeita com as obras que visam travar a progressão das ravinas.
Susana Cabaibai aconselhou os munícipes a abandonarem as zonas de risco e abraçarem o programa de Administração Municipal do Cuango, que visa promover a autoconstrução em zonas seguras e com perspectivas de desenvolvimento urbanístico integrado.
Fonte: Jornal de Angola