
Há sete anos que as autoridades sanitárias da província da Huíla e do Instituto Triangular de Pesquisa norte-americano executam a campanha de pulverização residual intra-domiciliar, para combater o mosquito causador da malária.
No ano em curso, 63 mil moradias dos municípios do Lubango e Chibia estão a ser pulverizadas, no quadro da referida campanha, que arrancou nos finais do mês de Setembro. Para o êxito da campanha, 100 mobilizadores estiveram durante um mês a sensibilizar as populações sobre a importância da referida acção, para a prevenção da saúde.
A campanha é realizada durante 36 dias e conta com 36 brigadas, cada uma composta por 22 membros, entre mobilizadores, agentes pulverizadores e responsáveis de brigadas, que receberam formação nas respectivas áreas.
Segundo a responsável do departamento provincial de Saúde Pública, Judite Santos, esta é uma das acções que o Executivo está a realizar para a prevenção da malária e redução da mortalidade.
“Sendo a malária a doença que lidera a lista de casos de óbitos no país, o Executivo tem dado uma particular atenção na criação de condições para prevenção, diagnóstico e tratamento de casos, de acordo com os protocolos nacionais”, disse.
O representante do Instituto Triangular de Pesquisa IRT), António Gomes, garantiu que as condições em termos de insecticidas, bombas de pulverização, transportes e material gastável estão criadas. António Gomes adiantou que o objectivo desta campanha é diminuir o ciclo de vida do mosquito causador da malária, através da desinfestação das casas e, consequentemente, reduzir os índices de casos e mortes por malária.
Para esta campanha, o IRT disponibilizou 400 mil dólares americanos, destinados à aquisição das insecticidas, bombas de pulverização, máscaras, luvas, fatos, botas de borracha, assim como custear as despesas com transporte e subsídios para as equipas de trabalho.
Medicamentos
Para combater a doença, o Programa Nacional de Combate à Malária prevê o uso de medicamentos combinados, tais como o coartem, para casos simples, e quinino, para situações complicadas. Miguel Gambôa garantiu que todas as unidades sanitárias da província estão apetrechadas com medicamentos para o tratamento da malária.
Gambôa esclareceu que o Programa Nacional de Combate à Malária elegeu o coartem, composto por lumefantrina e artemisinina, como medicamento do tratamento da malária simples.
“Para o caso de malária grave, continuamos a usar o quinino e como alternativa o artesunato e o artimete injectável”, esclareceu o responsável, adiantando que os técnicos estão formados para o efeito.
Miguel Gambôa anunciou que o Ministério da Saúde e parceiros estão a efectuar estudos sobre um novo fármaco para combater a malária, com menos comprimidos e que brevemente é testado.
A.M.
Fonte: Jornal de Angola
Fotografia: André Amaro