Luanda – A ministra da Comunicação Social, Carolina Cerqueira, afirmou hoje (sexta-feira), em Luanda, que as próximas eleições gerais em Angola serão históricas, por serem as primeiras depois da aprovação da Constituição da República.A constituição define os princípios estruturantes do Estado democrático de direito e os direitos fundamentais dos cidadãos, incluindo a liberdade de expressão, explicou a governante quando procedia ao encerramento do Seminário Internacional sobre Cobertura Eleitoral, promovido pelo seu ministério para capacitar os profissionais de órgãos estatais e privados da Comunicação Social.
Na sua intervenção, Carolina Cerqueira disse que a pluralidade política vigente em Angola antevê que as próximas eleições irão ser disputadas por diversos partidos, facto que simboliza desde já a incontestável estabilidade vigente no país desde a conquista da paz, em 2002.
Outro motivo que torna as eleições gerais do presente ano históricas é, segundo a governante, o facto de ser a terceira vez que os angolanos irão exercer a sua cidadania, através do voto, sendo que a primeira foi em 1992 e a segunda em 2008.
“Constituirá igualmente um passo importante a realização das terceiras eleições gerais, em que nove milhões e 790 mil eleitores irão as urnas para eleger o novo Presidente da República e deputados à Assembleia Nacional, que irão dirigir os destinos da nação nos próximos cinco anos”, explicou.
Alertou que as eleições gerais são um processo complexo que não se esgota no acto eleitoral, havendo, por isso, necessidade de estarem conscientes de que todos os acontecimentos que decorrerem serão um barómetro da maturidade da democracia de uma nação.
Para Carolina Cerqueira, as eleições gerais são um momento que vai envolver todos os angolanos. “O grau de participação, directa ou indirecta, dos cidadãos na vida pública da nação ocorre essencialmente através dos órgãos de Comunicação Social e é fundamental que os jornalistas estejam conscientes do seu papel, principalmente durante o período eleitoral”, disse.
Neste sentido, acrescentou que é através dos órgãos de Comunicação Social que o cidadão vai acompanhar todos os passos que irão culminar com o acto eleitoral.
“Através dos microfones das rádios, das lentes das televisões, das páginas do jornais, dos textos da agência e também na Internet e nas redes sociais, o cidadão conhece os programas dos partidos políticos, os candidatos e forma a sua opinião”, argumentou.
Considerou necessário que os órgãos de Comunicação Social sejam também uma plataforma onde os cidadãos possam participar na vida pública do país, emitindo opiniões e propostas para a solução de muitos dos problemas que afectam as suas comunidades e as suas vidas.
O seminário iniciou na quarta-feira última e, agregando profissionais de órgãos de Comunicação Social estatais e privados, teve como prelectores especialistas angolanos, portugueses, brasileiros e americanos.
A acção formativa visou sobretudo promover o intercâmbio de experiências entre os jornalistas angolanos e estrangeiros, consubstanciados no conhecimento do pacote legislativo eleitoral, cumprimento das normas que se prendem com o profissionalismo, pluralismo, a imparcialidade, a objectividade e o respeito pela ética e deontologia jornalística.
Congregar os profissionais da comunicação social em torno de um melhor desempenho profissional na cobertura das eleições, como forma de contribuir para o normal funcionamento da democracia, foi outro objectivo do certame, cuja cerimónia de abertura foi orientada pelo vice-ministro do sector, Manuel Miguel de Carvalho.
Fonte: Angop
